portugal tem «um problema de competitividade muito forte» e «os exportadores portugueses têm de concorrer com países onde custo de mão-de-obra é mais baixo», justificou jürgen kröger, salientando que isso só se consegue por duas vias: ou pagando menos pela mão-de-obra ou aumentando a produtividade, para estimular o crescimento.
na proposta do orçamento do estado para 2012 está prevista a manutenção do corte salarial médio de 5% e a eliminação dos subsídios de férias e natal dos funcionários públicos. esta última medida é considera «inevitável» pela troika.
poul thomsen, líder de missão do fmi, garantiu mesmo que «não há alternativa ao corte dos subsídios a funcionários públicos e pensionistas».
sobre a possibilidade hoje deixada em aberto pelo governo de vir a avançar com rescisões amigáveis na função pública, jürgen kröger disse que «o número de funcionários no sector público é demasiado elevado, não só em comparação com o sector privado, mas também em termos europeus».