o iefp começou a recolher estatísticas sobre casais desempregados na sequência de um diploma de maio de 2010, muito por influência do cds-pp, então na oposição. uma das preocupações tinha a ver com as zonas do país em que grande parte dos postos de trabalho estava concentrada num número reduzido de empregadores, e em que o encerramento de uma empresa podia deixar no desemprego vários elementos da mesma família.
depois de uma actualização da base de dados, o iefp fez o primeiro levantamento em outubro do ano passado, tendo apurado a existência 1.530 famílias com ambos os elementos do casal desempregados, sobretudo no norte do país. e, desde então, o número tem vindo a aumentar. o número de casais desempregados está a subir há cinco meses consecutivos, tendo ultrapassado a barreira dos 5.000 em outubro passado.
destruição de emprego
a evolução recente está sobretudo relacionada com a sazonalidade do mercado de trabalho português. com o fim de muitos trabalhos de verão, é habitual haver um aumento da taxa de desemprego do país.
segundo cálculos do sol com base nos dois últimos inquéritos ao emprego do instituto nacional de estatística, a área de actividade com maior redução de emprego entre o segundo e o terceiro trimestre é a dos serviços de educação, onde foram eliminados 21 mil empregos. seguem-se a construção e a agricultura, com 14 mil postos eliminados em cada um destes sectores.
as actividades administrativas e de serviços de apoio continuam a mostrar algum dinamismo, uma vez que foram as áreas onde houve mais criação de empregos entre o segundo e o terceiro trimestre (+13 mil).