Afinal, Cristina Kirchner não tem cancro

Depois de Hugo Chávez e Fidel Castro serem diagnosticados com cancro, surgiram suspeitas de que a presidente da Argentina também sofreria da doença.

depois sujeita a uma cirurgia em que lhe foi retirada a glândula da tiróide, os médicos declararam que «as análises realizadas aos tecidos não revelaram a existência de células cancerígenas».

na última semana do ano, a 29 de janeiro, e em consequência da divulgação da suposta doença de kirchner, o ‘excêntrico’ presidente da venezuela protagonizou um vídeo que se tornou viral. 

nessas imagens, e com o seu estilo sui generis, hugo chávez acusa os estados unidos da américa de serem os responsáveis pelo aparecimento de doenças malignas nos líderes sul-americanos. em declarações que correram o mundo, o chávez questionava: «seria estranho terem [os eua]desenvolvido uma tecnologia para induzir cancro que ninguém conheça até agora, e só se descubra isto daqui a 50 anos?».

se essa tecnologia existe, ninguém sabe. o que se descobriu esta semana, depois de kirchner ter sido operada, é que, se existe não foi utilizada na presidente argentina.

o que, de acordo com os médicos, significa que a governante não vai ter de tomar a medicação radioactiva de iodo que os pacientes com cancro da tiróide, normalmente, têm de ingerir para erradicar as células cancerígenas que sobrevivam à operação. cristina kirchner não poderá, no entanto, dispensar a toma de um medicamento hormonal para o resto da sua vida, avança o brtânico the guardian.

a presidente regressou à residência presidencial no sábado passado, depois de três dias de recobro no hospital.

catarina.palma@sol.pt