a intenção inicial da administração do porto de lisboa (apl) passava por construir uma nova marina de raiz nas docas de pedrouços para receber a vor, ficando o concessionário da futura marina do tejo responsável pela urbanização dos terrenos envolventes.
mas a apl não conseguiu lançar o concurso público internacional, inicialmente previsto para março de 2010, tendo avançado para obras superficiais na doca de pedrouços que permitissem receber as seis embarcações participantes na vor. segundo fonte oficial da apl, o referido concurso será lançado no primeiro trimestre deste ano.
em maio último, a câmara de lisboa aprovou o «documento estratégico da doca de pedrouços», onde estão vertidas as linhas gerais de tal requalificação urbanística, que permitirá a edificação de 58.320 m2 de construção nova, a reconversão de 25.840 m2 de edifícios industriais afectos à antiga doca pesca e a construção de uma marina de recreio que permita receber eventos nacionais e internacionais de vela oceânica, como a vor.
no mesmo documento, fica claro que serão viabilizados prédios entre os dois e os quatro pisos (com usos, entre outros, ligados a serviços), «não sendo admitidos usos de habitação que não sejam associados às actividades náuticas». na prática, tal como aconteceu noutras marinas no resto do país, esta descrição faz com que seja possível a construção de hotéis, apartamentos turísticos e lojas directamente ligadas à exploração da futura marina do tejo.
a área total de construção que poderá ser explorada pelo futuro concessionário ascende a 84.160 m2 – o que faz com que, segundo fontes do mercado imobiliário, este seja um projecto avaliado em mais de 100 milhões de euros.
joão lagos, organizador nacional da vor, acaba por estar bem colocado na corrida: «estou a reunir os parceiros adequados para participar no concurso. a requalificação, cujos parâmetros urbanísticos desconheço, tem a futura marina como ponto central, sendo certo que essa infra-estrutura permitirá viabilizar futuras edições da vor e outros eventos náuticos, rentabilizando o investimento que está a ser feito este ano».