até ao último minuto, o ministro das finanças não cedeu no período de pagamento que tinha definido, e que acompanha o prazo que portugal acordou com a troika para o pagamento da dívida às instâncias internacionais. em contrapartida, o governo central baixou a taxa de juro indicada inicialmente, para os 3,5%.
o valor do empréstimo acordado na última quarta-feira – um pouco acima dos dois mil milhões – fica abaixo das necessidades da região para os próximos quatro anos. segundo a inspecção-geral de finanças, a madeira precisará de 3,5 mil milhões de euros. guilherme silva, deputado do psd eleito pelo círculo madeirense diz-se confiante que o valor acordado é suficiente, dado que as «necessidades financeiras não têm de ser imperativamente satisfeitas pela via dos empréstimos» – e se a «economia correr bem dispensará o recurso a qualquer outro empréstimo». josé manuel rodrigues, líder do cds/ madeira, é menos optimista: «daqui a um ano estaremos novamente a falar de problemas financeiros».
após semanas de impasse, com jardim a ameaçar não assinar o documento, o plano de ajustamento ficou fechado na última quarta-feira, numa reunião em são bento que se prolongou por quase cinco horas, e onde estiveram passos coelho, vítor gaspar, jardim e ventura garcês, o secretário das finanças da madeira.
o encontro fechou os termos do acordo, que será divulgado hoje, em conferência de imprensa, por alberto joão jardim. o texto será assinado pelos responsáveis madeirenses. só depois as finanças definirão em concreto a forma do empréstimo que, apurou o sol, se prolongará por quatro anos. obtido o acordo, o líder do governo regional madeirense foi recebido em belém por cavaco silva.