Mas quando foi às urnas disputar o Governo de Espanha com o candidato conservador, em Novembro, sofreu a mais pesada derrota eleitoral dos socialistas espanhóis.
Aos 60 anos, Alfredo Pérez Rubalcaba parecia condenado a ficar para a história como o porta-voz de Felipe González, o número dois de José Luis Zapatero e o ‘idiota útil’ que se apresentaria às urnas com a quixotesca missão de convencer o eleitorado de que o zapaterismo estava isento de responsabilidades na crise que fustiga a Espanha.
Tendo dedicado metade da sua vida ao PSOE, não se deu por vencido e achou que a sua experiência e os apoios de peso que detinha eram armas para combater a ex-colega de Governo Carme Chacón no congresso que escolheu o novo líder. A ex-ministra da Defesa defendia a refundação do partido, o candidato da continuidade fez um discurso virado para a história do partido e prometeu «pôr ordem nos banqueiros» e «rever» as relações com a Igreja Católica. A batalha foi aguerrida, e o armamento o suficiente para ganhar o conclave de Sevilha pela margem mínima: 22 votos em 952.
Como o PSOE adoptou o modelo do homólogo francês de realizar primárias abertas, Rubalcaba corre o sério risco de lhe suceder o mesmo que a Martine Aubry e que Chacón seja o seu François Hollande.