O Mundo em resumo – 16 de Fevereiro

Síria condenada nas Nações Unidas. Irão mais perto da bomba nuclear. Acordo fiscal nos Estados Unidos. Karzai em diálogo com os talibãs. A actualidade internacional em resumo.

europa

espanha: o governo espanhol conseguiu captar o apoio da oposição na aprovação da reforma do sector financeiro, mas para já os mercados não parecem convencidos.

frança: sarkozy lançou a candidatura à sua reeleição com promessas de uma democracia participativa que criticava em 2007. o editorial do la tribune analisa a situação a dois meses da primeira volta das presidenciais francesas.


alemanha:
afinal, também há greves no país de angela merkel. mais de 200 trabalhadores do aeroporto de frankfurt, o maior da alemanha e um dos mais movimentados da europa, irão parar durante a tarde num protesto que reivindica melhores salários e condições de trabalho. a acção já provocou o cancelamento de mais de uma centena de voos.

rússia:
numa sofisticada montagem digital, o vídeo viral do momento nas redes sociais russas mostra vladimir putin atrás das grades, julgado por terrorismo e corrupção.

médio oriente

síria: o conselho de segurança das nações unidas deverá aprovar hoje uma resolução simbólica contra a reacção violenta de bashar al-assad aos protestos pró-democracia na síria. o documento não decretará sanções ao regime devido
ao bloqueio sino-russo.
apesar das promessas de reformas, assad continua a perseguir os revoltosos.

irão: o regime de mahmoud ahmadinejad mostrou ontem ao mundo os seus mais recentes avanços no campo nuclear, mas eua e israel desvalorizam os feitos do inimigo.

arábia saudita: um blogger de 23 anos enfrenta a pena de morte por três tweets que as autoridades de riade interpretam como ofensas ao profeta maomé. hamza kashgari tinha fugido para a malásia mas acabou deportado após o mandado de captura internacional emitido pela interpol, agora alvo de críticas de activistas dos direitos humanos.

américas

honduras: enquanto decorrem os trabalhos de identificação das mais de 350 vítimas do incêndio de ontem numa prisão hondurenha, sabe-se agora que a maioria dos detidos não tinha ainda sido julgada.

estados unidos: democratas e republicanos chegaram a acordo sobre a extensão de parte dos cortes fiscais aprovados por george w. bush e a criação de subsídios para milhões de desempregados. o acordo é visto como uma vitória do presidente obama, até pela fox news.

áfrica

líbia: relatório da amnistia internacional indica que os rebeldes que derrubaram muammar kadhafi na líbia estão agora a «impedir a reconstrução das instituições estatais», com milícias armadas que «violam impunemente os direitos humanos».

congo: as forças armadas conquistam duas minas anteriormente controladas por rebeldes, numa importante vitória para o governo de kinshasa.

senegal: nova manifestação contra o presidente abdoulaye wade é reprimida pelas autoridades, a uma semana de eleições que a oposição e a comunidade internacional afirmam estar seriamente comprometidas.

ásia-pacífico

afeganistão: o presidente hamid karzai anunciou que o seu governo já aderiu às negociações com os talibãs promovidas pelos eua. em entrevista ao wall street journal, karzai mostra-se optimista.

coreia do sul: em editorial, o the korea times defende uma aproximação entre seul e pequim.

nova zelândia: um tribunal impediu a venda de uma herdade a uma empresa chinesa. tal como noutros países de elevado potencial agrícola, pequim tem estado a comprar extensas áreas de terra arável naquelas ilhas da oceania, apesar da desconfiança das populações locais.

china: num artigo bem humorado, a foreign policy lista os piores trocadilhos possíveis com o nome do futuro presidente chinês xi jinping: «that’s what xi said», «xi was only 16», «there xi goes again», entre outros. acrescentamos uma sugestão para um eventual título em português (a censurar devidamente): «xi patrão».

nuno.e.lima@sol.pt e pedro.guerreiro@sol.pt