«Os Estados Unidos – e qualquer outro país – devem estar preocupados porque temos a informação de contínuos esforços e tentativas do Irão para levar o terrorismo a muitas partes do mundo. Afortunadamente, até agora não houve nenhuma perda da vida», acrescentou Netanyahu, para depois concluir que as sanções internacionais não estão a produzir qualquer efeito em Teerão.
O chefe do Governo de Israel – o mesmo que foi motivo de desabafos entre Sarkozy e Obama – veio a terreiro lembrar os recentes (e ineficazes) atentados na Índia, Tailândia e o frustrado ataque na Geórgia contra diplomatas hebraicos numa clara tentativa de pressionar os norte-americanos.
No mesmo dia, entre cientistas e clérigos, o Presidente Ahmadinejad deu graças a Deus pelos «grandes progressos» registados pelo Irão no campo nuclear. Avanços que foram logo desvalorizados pelo ministro da Defesa israelita, Ehud Barak. Ahmadinejad bem voltou a dizer que o objectivo do programa nuclear não é a bomba atómica – declarações tão desacreditadas quanto a economia grega para qualquer agência de notação.
Neste jogo muito perigoso em que Telavive parece querer embarcar – um ataque ‘preventivo’ aoIrão – será pertinente perguntar se não é também «irresponsável» e uma «quebra» de regras aniquilar cientistas iranianos.
