num encontro com jornalistas europeus em atenas, georgios papandreu referiu que apesar de portugal, grécia e irlanda serem casos distintos, «os mercados financeiros vêem-nos como um risco». o custo «seria menor para países como portugal se existisse uma resposta europeia à crise que assegurasse aos investidores que os estados membro estão protegidos». portugal precisa de mais tempo para fazer o seu ajustamento e necessita de uma agenda para o crescimento, sublinhou papandreu.
um dos objectivos dessa resposta europeia é quebrar a ‘psicologia’ que os mercados criaram sobre a grécia e os países periféricos. essa psicologia do medo fez do caso grego uma paralisação de toda a economia afirmou papandreu: os investidores deixaram de apostar na grécia, os rumores de bancarrota ou saída do euro levaram as pessoas a retirar os depósitos dos bancos e a economia simplesmente parou. a grécia atravessa, em 2012, o quinto ano de recessão com a economia a contrair cerca de 7% e o desemprego a atingir máximos históricos de 24% e de 50% entre os jovens.
o antigo primeiro-ministro grego lembrou ainda que nos primeiros meses após o resgate do país, em maio de 2010, (portugal está no décimo mês do programa da troika) as opiniões dos líderes europeus, mercados financeiros e eram positivas e que estava «tudo a correr bem».
segundo fontes da troika em atenas, a crise grega irá durar pelo menos ate 2020.