fernando serrasqueiro, do ps, e catarina martins, do be, alinharam argumentos de ataque a sérgio silva monteiro no final da audição parlamentar de hoje.
segundo as duas forças políticas, o caso do duplo pagamento da lusoponte, revelado pelo sol, mostrou que o governante não «tem defendido o interesse público», disse fernando serrasqueiro, do ps.
questionado pelo sol se o secretário de estado tem, no entender do ps, condições para continuar no cargo, o deputado socialista sublinhou que «essa é uma reflexão que sérgio silva monteiro deve efectuar», reforçando que os socialistas consideram que o «governante não tem defendido o interesse público».
já catarina martins disse que o governante «não tem condições para continuar». segundo a deputada bloquista, eleita pelo círculo do porto, esta reflexão deve ser igualmente feita pelo governo.
o ps critica o secretário de estado por garantir um pagamento de 50 milhões de euros à lusoponte em compensação do aumento da derrama, indemnização também pedida pela lusoponte. o grupo parlamentar socialista citava, para se defender, uma minuta interna de sérgio silva monteiro enviada ao ministério das finanças no âmbito da discussão do nono acordo reequilíbrio financeiro que está a ser negociado com a empresa liderada pelo ex-ministro do psd, ferreira do amaral.
sérgio silva monteiro retorquiu que «não há um novo reequilíbrio financeiro» e que a minuta reflecte apenas posições internas, que não comprometem o governo. «o acordo estará finalizado até ao fim do mês e o estado vai receber os 4,4 milhões de euros que entregou à lusoponte com juros», disse.
(actualizada às 14h40)