Nova marca nacional de cosméticos low cost é um sucesso

Em Portugal, os novos cremes da I Love Me estão disponíveis em cerca de 100 pontos de venda – entre farmácias, perfumarias, salões de estética e SPA – e, em breve, poderão estar em mais 120 espaços de uma grande cadeia de lojas de saúde e bem-estar que está interessada em comercializar a I Love…

lá para fora, a marca, detida pela empresa worklaxia sl e distribuída em portugal pela worklaxia unipessoal lda. (detida a 100% pela primeira), já recebe encomendas dos eua, do luxemburgo e de angola. em curso, estão negociações para entregar a representação da marca em marrocos, espanha, irlanda, canadá e caraíbas.

josé janeiro, um dos dois sócios da worklaxia sl, disse ao sol que a previsão da empresa é facturar um milhão de euros, até ao final deste ano

os cremes i love me – que no futuro deverão perder a palavra love e os cosméticos passarão a chamar-se só i me – são unissexo, têm perfumes neutros e uma embalagem sóbria, com «preços acessíveis para uma marca de qualidade», diz josé janeiro.

a i love me foi registada em portugal – os escritórios da marca são em gaia –, mas os cremes são produzidos em barcelona, num laboratório espanhol que já trabalha com outras marcas de cosméticos. mas ter uma fábrica própria é um objectivo dos promotores da nova marca, que já estão a procurar espaços. a empresa emprega, actualmente, cinco pessoas, todas na área comercial.

a marca arrancou com três cremes de rosto – para peles jovens, peles de meia-idade e peles maduras –, que tanto dão para aplicar de dia ou de noite e cujos preços variam entre os 10 e os 17 euros, e o ‘três em um’ beauty purify (12 euros). a pensar em alguns revendedores, a i love me lançou também embalagens de 500ml.

em abril, a marca vai apresentar, na 17ª edição da expocosmética, uma nova linha de produtos feitos à base de bagas de goji. esta gama surge, sobretudo, a pensar nos spa, mas também será acessível ao consumidor final.

o desejo de uma marca própria

josé janeiro já trabalhava com cosméticos, distribuindo as marcas cosmoliva e oliveway na península ibérica, quando começou a pensar em criar uma marca própria. a circunstância de os seus fornecedores de então começarem a falhar com o produto, em meados do ano passado, foi o empurrão que faltava.

«nessa altura, já estava a pensar fazer algo meu. constituí uma empresa em espanha e começámos a desenvolver os produtos», recorda o gestor de 53 anos, que escolheu o país vizinho por entender que, à excepção de uma ou outra marca de sabonetes, «portugal não tem tradição de produzir cosméticos». para arrancar com o negócio foi feito um investimento inicial de 100.000 euros (capitais próprios).

para poupar no que não é essencial, a i love me optou por uma embalagem igual e que já existia no mercado para os três cremes de rosto e negociou com o laboratório parceiro a produção e entrega de quantidades maiores. «não cortei no produto. limitei-me a reduzir a margem. e a negociar preços», sublinha.

ana.i.silva.pereira@gmail.com