SOL&SOMBRA

Quem está ao SOL e quem ficou à SOMBRA. A semana vista por José António Lima.

SOL…

Fernando Gomes

O novo presidente da Federação Portuguesa de Futebol cortou cerce – e bem – a fórmula de alargamento do Campeonato para 18 clubes, aprovado pela Liga de Futebol numa espécie de golpada administrativa em cima do final das competições. Preservou, assim, um mínimo de verdade desportiva e de credibilidade das regras. E recebeu, ainda, duas boas notícias para o futebol português: a consolidação de Portugal no 5.º lugar do ranking da UEFA de clubes (à frente de França, o que há muito não acontecia) e a escolha do estádio da Luz para a final da Liga dos Campeões de 2014. Só falta uma boa presença no Euro-2012.

Assunção Esteves

A Presidente do Parlamento soube mostrar firmeza para pôr fim à guerrilha processual sobre a comissão de inquérito ao BPN, que opôs as lideranças parlamentares do PS (que se atrasou a apresentar a sua proposta) e do PSD/CDS (que tentaram antecipar-se e emendar a mão ao que antes haviam chumbado). Para lá destes episódios pouco edificantes, a comissão sobre os desmandos do BPN avança de imediato. E a presidente da AR impôs a sua autoridade e algum bom senso.

…&SOMBRA

António Borges

Já se percebeu que não há incompatibilidades, mas em nome de uma clara separação de funções e de interesses públicos e privados, não devia ter aceite um lugar na administração da Jerónimo Martins enquanto não terminasse o seu trabalho à frente da comissão de acompanhamento das privatizações, das parcerias público-privadas e do sector empresarial do Estado. Depois da sua mal explicada saída do cargo de director do Departamento Europeu do FMI, ei-lo a braços com nova situação propícia a equívocos e más interpretações.

Noronha Nascimento

Fez finca-pé argumentando que a sua decisão de destruir as escutas do Face Oculta entre Armando Vara e José Sócrates era definitiva e irrecorrível. Agora, o Tribunal Constitucional considerou que o seu despacho não era definitivo e pode ser reapreciado pelo tribunal de Aveiro na fase de julgamento. Mais uma desautorização que desprestigia o presidente do Supremo.

José António Lima