a verdade é que já tinha sido este mesmo escritório que havia assessorado paulo portas na celebração do contrato das pandur, em 2004. na altura, o actual ministro dos negócios estrangeiros ocupava a pasta da defesa e pôs a sua assinatura no polémico contrato de compra de 240 pandur para o exército e 20 para a marinha. até ao momento, o exército recebeu cerca de metade das viaturas. já a marinha poderá nunca vir a receber as 20 a que tinha direito segundo o contrato de 2004.
contactado pelo sol, o ministério da defesa confirmou que «decorrem negociações», mas não adiantou qual a redução de viaturas prevista ou se está em causa uma denúncia total do que resta do contrato.
aliás, segundo notam algumas fontes, o facto de paulo portas assumir um lugar de destaque no actual governo pode criar algum «embaraço nesta questão».
mas aguiar-branco tem insistido que não há dinheiro para tudo nas forças armadas. e no debate do orçamento do estado para 2012, no parlamento, o ministro avisou logo que em 2012 «não iria ser gasto um euro» em compras militares.
o orçamento rectificativo aprovado ontem inclui uma norma que desbloqueia a promoção de militares, que estava congelada. no entanto, não se sabe ainda quais os critérios a aplicar. «espero que haja equidade e proporcionalidade nas promoções», afirmou ao sol o presidente da associação nacional de sargentos, lima coelho.
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