sobre
espanha, o presidente do bes considera que «a evolução está difícil e as
recentes declarações do primeiro ministro rajoy não foram positivas e agravaram
a imagem internacional do país, bem como a situação da dívida espanhola e
também da italiana. mas a dívida portuguesa até não».
ainda assim,
salgado reconhece que «se a situação em espanha se deteriorar isso não é
positivo para a economia portuguesa, devido à forte relação comercial entre os
dois países», salientando que «apesar de tudo portugal está a conseguir
diversificar as exportações, nomeadamente, para os países emergentes».
a operação hoje anunciada pelo bes está
garantida pelo núcleo duro de accionistas, entre os quais a bespar, os franceses crédit agricole e os brasileiros
bradesco, e por um sindicato bancário do qual fazem
parte besi, nomura, ubs, citigroup, credit suisse e jp morgan.
este é o nono aumento de capital
desde a sua reprivatização e
o banco calcula que, após esta operação, o
core tier i subirá de 9,21 para 10,75%. desta forma ficará acima da exigência
de 10% do banco de portugal, que tem de ser cumprida até ao final deste ano,
bem como das autoridades internacionais.
«vamos agora trabalhar para que
o sucesso do aumento de capital seja o maior possível», afirmou ricardo salgado
em conferência de imprensa, precisando que «o nosso objectivo é que o sindicato
não fique com nenhuma acção». para isso, «vamos iniciar um operação junto de investidores
em vários mercados europeus a partir da próxima semana», revelou, por sua vez,
o administrador financeiro do bes, amílcar morais pires.
o bes anunciou ainda que irá
utilizar 225 milhões de euros do aumento de capital para comprar 50% da bes
vida, ao crédit agricole ficando assim com o controlo de gestão. ricardo
salgado rejeita para já novas aquisições.