«é indispensável manter a credibilidade do programa português e isso passa por cumprir as metas acordadas», disse passos coelho. «a razão pela qual não pedimos mais tempo e dinheiro está relacionada com a importância de preservar o país de ter assistência mais tempo ou pedir mais penalizações aos portugueses», acrescentou o responsável.
falando à margem da cimeira europeia que terminou hoje, em bruxelas, pedro passos coelho, reiterou que é possível atingir um défice orçamental de 4,5%. esta manhã, o instituto nacional de estatística (ine) revelou que o défice orçamental de portugal alcançou no primeiro trimestre 7,9% do pib.
em reacção ao valor do défice apresentado pelo ine, o primeiro-ministro referiu que este dado confirma o aumento dos riscos sobre as contas públicas, sobretudo através da quebra da receita fiscal e aumento da despesa com o desemprego e outras prestações sociais, mas também que o ajustamento do país está a ser feito de uma forma mais rápida do que o esperado. passos coelho salientou que parte das medidas de consolidação deste ano só entram em vigor após junho – como o corte nos subsídios de férias e natal dos funcionários públicos –, sendo expectável uma melhoria das contas ao longo do ano. «estamos a aproximar-nos das metas que pretendíamos e evitar mais austeridade», disse o primeiro-ministro.
sobre a cimeira europeia onde se acordou a possibilidade de os fundos de resgate assistirem directamente os bancos espanhóis e italianos para travar a escalada dos juros e a entrega ao bce de poderes de supervisão sobre os bancos nacionais, o primeiro-ministro adiantou que «as conclusões do encontro não frustraram as expectativas, mas não resolveram todos os problemas da europa».