Super Meco arranca hoje

Quem teve a oportunidade de ver Peter Gabriel em 2004, na primeira edição do Rock in Rio Lisboa, saiu do concerto de ‘barriga cheia’. Na altura, o músico mostrou que conservava a energia dos tempos áureos dos Genesis (banda que formou em 1967) e apresentou um espectáculo onde não faltou nenhum dos seus grandes êxitos…

acompanhado pela new blood orchestra – formação que criou para gravar new blood, registo do ano passado que reúne novas versões de algumas das suas canções mais emblemáticas –, o britânico encerra o super bock super rock (de hoje a sábado) com um espectáculo acústico, «desprovido das tradicionais armas do arsenal rock», como as habituais guitarras eléctricas ou baterias.

há mais de um ano a viajar pelo mundo com esta digressão, é fácil advinhar o alinhamento do concerto no meco. êxitos como ‘red rain’, ‘biko’, ‘in your eyes’, ‘don’t give up’, ‘san jacinto’, ‘solsbury hill’ e ‘the rhythm of the heat’ não vão faltar e o palco do sbsr vai ficar bem preenchido com os 50 músicos que acompanham peter gabriel.

no pelotão dos consagrados passam ainda pelo meco the shins, m.i.a, aloe blacc e regina spektor (pete doherty cancelou a sua participação e deu entrada numa clínica de reabilitação na tailândia), mas são as estreias como lana del rey, alabama shakes (ver entrevista ao lado) e hanni el khatib que mais expectativas estão a criar.

neste lote, lana del rey é o nome mais esperado (actua na sexta-feira). há um ano, a cantora norte-americana lançou na internet ‘video games’ e o tema tornou-se viral, atraindo milhares de fãs. o álbum de estreia born to die chegou em janeiro e o sucesso instalou-se. mas, se em estúdio lana del rey convence, ao vivo as suas prestações têm suscitado várias críticas negativas. para o público português, esta será a ‘prova dos nove’.

alexandra.ho@sol.pt