Alguns nomes são idolatrados – as votações para determinados prémios de DJ incluem gastos consideráveis de tempo na internet… enquanto determinadas casas e DJ são vilipendiados. Há de tudo e para todos os gostos. Um dos nomes que merecia o consenso até há uns tempos era o de DJVibe. Por razões nem sempre claras, começou a ser alvo de críticas de vários quadrantes, embora algumas sejam de faunas muito específicas. No passado fim-de-semana tive a oportunidade de o ouvir no Tamariz e a sensação com que fiquei é que está de volta aos seus velhos tempos. Um house forte, mas muito cantado, fez as delícias de todos aqueles que enchiam a pista de dança da mega-discoteca do Estoril.
Uma das suas grandes qualidades é conseguir levar o público a dançar alegremente as suas músicas. Tocou durante três horas, o que acho manifestamente pouco, mas fê-lo com uma enorme vontade de agradar ao público. Noutras latitudes, ouvi-o a tocar bem mais forte e desagradou-me.Mas foram rarissímas as vezes que isso aconteceu. Vibe é sem dúvida nenhuma o meu DJ preferido, se exceptuarmos o meu amigo MJ, que toca um house bem mais calmo e melodioso.
Calculo que para alguma azia em relação a Vibe tenha contribuído a sua vida pessoal, que passou a estar muito exposta nas revistas do social, o que não agradará a muitos dos seus seguidores. Mas esse é um problema dele, que nada tem a ver com a música que passa. É claro que nas redes sociais e nalgumas rádios da especialidade esse facto, encapotadamente, serviu para se malhar nele. Também o facto de não ter a residência no Lux ajudou à festa. Uma coisa é ser o DJ oficial do clube mais importante do país, outra é tocar na Pedra do Couto ou afins.
Independentemente de tudo, Vibe foi e é o melhor DJ nacional. Com ou sem likes dos facebooks da vida.
vitor.rainho@sol.pt