Mas não são só os afters que estão tão na moda como as meias brancas. Há dias estive numa festa meio burlesca, onde uma raparigota de seios ao léu era ‘puxada’ pelos carrascos. Pelo espaço circulavam outras criaturas ‘equipadas’ para a ocasião. Em cima dos balcões não faltavam preservativos e a rapaziada parecia estar animada. ‘Nada de novo, o filme está mais do que visto’, pensei. Curiosamente houve algo que me chamou a atenção: dezenas de clientes empunhavam os telemóveis para filmar as performances. Havia no meio da turma da ‘chinchada’ miúdas relativamente novas e miúdos com cara de kit kat. Calculo que aquelas filmagens não eram para ser apagadas no momento seguinte, o que me levou a questionar se todos os presentes poderiam ser filmados…
Ao fim de pouco tempo, parti para outras paragens a rir com a situação. Uma festa de porta aberta, com o mote da mesma a insinuar sexo e toda a turma a filmar… Tempos modernos!
Em Lisboa, no que diz respeito a discotecas, só existem praticamente três espaços que funcionam em pleno. O Urban Beach, o Lux e a Pensão Amor. Esta última conseguiu inovar no panorama nacional. Várias salas convidam a ambientes diferentes, criando as condições ideais para receberem públicos de idades muito díspares. Há desde a velha guarda até à geração de sub-19. Parece-me que todos convivem tranquilamente e se a uns lhes apetece estar mais sossegados, a outros a agitação puxa por eles.
Além destes três espaços, há grupos ou agências que vão tentando fazer festas alternativas em lugares muito diferentes, que vão de hotéis a discotecas meio abandonadas. Só que sacar receitas novas não é nada fácil, mesmo tendo a ajuda de chefes conceituados. O que é alternativo, como o próprio nome indica, esgota-se em pouco tempo. Por isso, é necessário criar algo de novo.Uns conseguem, outros não. É a vida. l
vitor.rainho@sol.pt