questionado pelo sol, o pcp respondeu, em nota escrita: «as afirmações dessa pessoa, nesta como noutras matérias, não merecem qualquer crédito ou comentário».
a fnac era «uma empresa estratégica» e «simpática» para o pcp – afirmou zita seabra, esta quarta-feira à noite, na sic notícias. a editora e ex-deputada do psd acusou ainda que a fnac era financiada pela então rda (república democrática da alemanha), «não por fabricar ares condicionados», mas porque permitia «colocar microfones» em «sítios nevrálgicos» e «órgãos de poder» onde tinha fácil acesso, uma vez que funcionários da empresa entravam «em tudo o que era gabinetes».
estas declarações dizem respeito a um período de grande efervescência política. a fnac operou entre 1978 e 1994, atravessando, assim, uma série de governos de curta duração, como o de carlos mota pinto, maria de lurdes pintasilgo, sá carneiro, pinto balsemão e mário soares.
contactado pelo sol, alexandre alves – que esta semana esteve sob os holofotes, depois de o governo ter suspendido o apoio do qren ao seu projecto de uma fábrica de painéis solares em abrantes – respondeu que a história «é absurdamente falsa» e uma «invenção». e acrescentou que a fnac fabricava e vendia aparelhos de ar condicionado, mas não os instalava. para o empresário, zita seabra «vendeu-se» ao psd e esta história «resulta da questão do qren».