este ano, a msc bateu o recorde do maior número de contentores exportados num só navio: 1.135. qual o limite para carlos vasconcelos, que em 1991 liderava uma equipa com apenas cinco trabalhadores e que agora já são 140? «um dia ainda vamos colocar um contentor na lua», graceja.
já em 2011 a actividade tinha disparado 16%. «estamos com uma quebra enorme nas importações e as exportações estão com sinais fantásticos», explica o administrador-delegado da empresa, alertando para «as várias incógnitas, pois não sabemos até quando a exportação se irá manter a este ritmo».
esta incerteza está a levar a msc portugal a colocar em espera alguns investimentos. tal não impedirá o armador de contratar novos trabalhadores. «será possível aumentar o número de trabalhadores. este ano já recrutámos seis e a nossa perspectiva é de continuar a crescer», diz carlos vasconcelos.
de modo a dar mais força ao crescimento do sector, carlos vasconcelos sugere ao governo investimentos na ferrovia que liga sines a espanha, de modo a aumentar em 50% a capacidade de carga dos comboios. «o investimento necessário não é grande e seria muito importante», garante. esta aposta ajudaria os portos portugueses a ganhar mercado aos congéneres espanhóis. «se ficarmos com 10% do mercado de madrid conseguimos ganhar 120 milhões de euros anuais em exportações de serviços portuários», adianta.
o gestor apoia ainda as medidas anunciadas pelo governo para o sector, na semana passada, que visam a redução das rendas pagas ao estado pelos concessionários portuários e a flexibilização do trabalho. «são medidas que devem ser apoiadas, mas devemos garantir que a redução dos custos dos concessionários chegam aos exportadores», alerta.
a msc portugal tem rotas directas para os eua, china, canadá, grécia, turquia, brasil, bélgica e espanha. uma rota para angola, um dos principais destinos das exportações lusas, «está nos planos».