‘Intervenção sobre a despesa é ainda desconhecida’

O dirigente centrista vai esperar que Gaspar explique melhor o OE 2013 e que ainda seja possível atenuar o aumento de impostos. E conta com uma remodelação no fim do ano.

vítor gaspar anunciou ontem aos portugueses um forte aumento de impostos ao mexer nos escalões do irs e isso não é transitório.

a posição do cds é clara: aumentos são aceites numa base transitória. com o cds no governo, mal exista uma oportunidade para aliviar a carga fiscal, isso será feito. a matéria fiscal é também essencial para a competitividade do nosso país e para o crescimento económico. acrescento que espero que, na apresentação do orçamento, a intervenção sobre a despesa, que é inteiramente desconhecida, possa atenuar esta carga fiscal. por isso, sou cauteloso enquanto não conhecer todo o quadro. importa ver, de acordo com o nível de rendimentos, em sede de irs, o que vai acontecer em concreto.

isto é melhor que a baixa da tsu?

é difícil fazer a comparação pois o que se sabe são dados muito gerais.

partilha do que disse o dr. lobo xavier de que o cds devia ser «uma espécie de consciência do governo na necessidade de se fazer cortes na despesa do estado»?

isso é o que o cds sempre tem afirmado e que deve evidentemente continuar a marcar a sua linha: é importante a existência de uma política orçamental que actue no elemento central de mudança do funcionamento do estado e que tem a ver com cortes na despesa. uma medida estrutural em relação ao estado deve ser sempre pelo lado da despesa. pelo lado da receita, só podemos ter medidas conjunturais.

helena.pereira@sol.pt