vítor gaspar anunciou ontem aos portugueses um forte aumento de impostos ao mexer nos escalões do irs e isso não é transitório.
a posição do cds é clara: aumentos são aceites numa base transitória. com o cds no governo, mal exista uma oportunidade para aliviar a carga fiscal, isso será feito. a matéria fiscal é também essencial para a competitividade do nosso país e para o crescimento económico. acrescento que espero que, na apresentação do orçamento, a intervenção sobre a despesa, que é inteiramente desconhecida, possa atenuar esta carga fiscal. por isso, sou cauteloso enquanto não conhecer todo o quadro. importa ver, de acordo com o nível de rendimentos, em sede de irs, o que vai acontecer em concreto.
isto é melhor que a baixa da tsu?
é difícil fazer a comparação pois o que se sabe são dados muito gerais.
partilha do que disse o dr. lobo xavier de que o cds devia ser «uma espécie de consciência do governo na necessidade de se fazer cortes na despesa do estado»?
isso é o que o cds sempre tem afirmado e que deve evidentemente continuar a marcar a sua linha: é importante a existência de uma política orçamental que actue no elemento central de mudança do funcionamento do estado e que tem a ver com cortes na despesa. uma medida estrutural em relação ao estado deve ser sempre pelo lado da despesa. pelo lado da receita, só podemos ter medidas conjunturais.