«não vou comentar comentários políticos que outras pessoas estejam a fazer, como é evidente», declarou pedro passos coelhos aos jornalistas, depois de questionado sobre as declarações feitas quinta-feira à noite por marques mendes, que comparou o aumento de impostos a um «assalto à mão armada».
antes, o primeiro-ministro afirmou que não iria falar «sobre a discussão política nesta altura em portugal» e referiu que na quinta-feira esteve no parlamento até às 14:30 na discussão de duas moções de censura de pcp e be, que foram rejeitadas pela maioria.
o conselheiro de estado e ex-presidente do psd marques mendes classificou, em declarações à tvi 24, o aumento de irs proposto pelo governo como um «assalto à mão armada» aos contribuintes, que «mata» a classe média.
«isto é um assalto fiscal. não é um agravamento fiscal, nem um aumento fiscal enorme como dizia o ministro das finanças, isto é uma espécie de assalto à mão armada ao contribuinte», declarou na noite de quinta-feira ao canal de televisão.
o primeiro-ministro falava aos jornalistas no castelo de bratislava, à margem de uma reunião do grupo ‘amigos da coesão’, que é constituído por quinze países da união europeia: bulgária, república checa, estónia, letónia, lituânia, eslovénia, eslováquia, hungria, polónia, roménia, grécia, malta, espanha, chipre e portugal.
estes países beneficiários dos fundos de coesão consideram-nos um instrumento fundamental para reduzir as desigualdades entre os estados-membros da união europeia e opõem-se à sua redução, defendida por alguns dos maiores contribuintes líquidos da união europeia.
de bratislava, pedro passos coelho vai viajar para malta, onde deverá chegar ao início da tarde, juntando-se ao ministro de estado e dos negócios estrangeiros, paulo portas, para participar numa cimeira do grupo 5+5, que é composto por cinco países europeus e cinco do norte de áfrica.
lusa/sol