a par da exposição, que ficará patente em lamego até 11 de novembro, a organização promove ainda várias conferências dedicadas à obra do pintor, que vão contar com a presença de, entre outros, o pintor antónio inverno, o escritor e jornalista luís b. patraquim, a cantora cabo-verdiana celina pereira e o escultor josé rodrigues. além disso, o plast&cine conta ainda com várias intervenções de arte pública, teatro de rua, performaces de dança e momentos musicais, onde a população é convidada a participar.
ao sol, o pintor diz que ficou admirado com o convite que lhe foi endereçado pela organização do plast&cine, mas não esconde que sentiu o seu «ego massajado» com a homenagem. aos 74 anos, roberto chichorro é um dos pintores africanos mais conceituados da actualidade. a sua obra reflecte um mundo mágico, onde conta a histórias da sua «gente, de moçambique, das crianças e, principalmente, das mulheres», por quem tem «maior admiração».
«as mulheres são o centro da minha criação e acho que o mundo sem elas não teria graça nenhuma», considera, destacando também a presença frequente das crianças na sua obra. «há muita gente a pintar miúdos em áfrica, mas eu, em vez de os mostrar com as costelas de fora, com fome e moscas na boca, prefiro pintar um miúdo com um triciclo cor-de-rosa, porque toda a gente merece sonhar».