só em situações mais específicas a podemos comparar com berlim ou hamburgo, brasil ou miami. desengane-se, no entanto, quem acha que o país vizinho é só ibiza. em todas as grandes cidades espanholas existem bons clubes e uma crowd extremamente exigente. desde o histórico razzmatazz em barcelona, com cinco pistas para todos os gostos, até aos actuais fabrik em madrid, conhecido pelos seus grandes espectáculos de audiovisuais, com lasers e canhões de gelo e com presenças frequentes de fatboy slim ou plastikman, num ambiente puramente underground. ou ainda a bcm em maiorca, apelidada de planet dance pelos seus poderosos 65 mil watts de funktion one, como pelos gigs de dj tão diferentes como david guetta, ritchie hawtin ou dizzee rascal.
tudo isto, mesmo aqui ao lado…
l bcm – carrer de la punta balena, magalluf, maiorca
l fabrik – avenida de la industria, 82 madrid
l razzmatazz – carrer de pamplona, 88 barcelona
sasha e cord são nomes que podem não lhe dizer nada, mas a dupla robosonic irá, dentro de pouco tempo, fazer-se notar. reconhecidos pela sua música electrónica multidimensional, estes dj alemães – que têm percorrido um caminho muito próprio entre o deep, tech house e o indie dance, são já referências para outros artistas dos pratos como oliver koletzki, entre outros. após quatro anos de afastamento, no que à produção diz respeito, lançam agora um single absolutamente fascinante através da sua label, diskomafia.desde 2008 que colaboram com os berlin mitte institute, num web tv show que tantos novos valores tem ajudado a lançar.
l crave feat. hércules and love affair, jamie jones, deetron
l hallelujah anyway – larse ( larse vocal )
lthe edge – robosonic ( original mix )
chile, argentina e peru, este será o itinerário de um dos maiores festivais de música electrónica que, em novembro, levará à américa do sul os grandes dj do momento. dia 9, dez mil pessoas assistirão num pavilhão completamente esgotado às performances de jamie jones, infected mushrooms e solomun, bem como david guetta e calvin harris – que repetem a actuação no dia seguinte em buenos aires, juntando-se-lhes ritchie hawtin e a sua enter, bem como sven vath e loco dice. o périplo do creamfields acaba no dia 17 no peru, com actuações de m.a.n.d.y. , dubfire, armin van buuren e muitos outros…
l creamfields chile – espaço riesco
expocentre, santiago
l creamfields argentina – autodromo de
buenos aires
l creamfields peru – fundo mamacona, lima
muito apreciado na europa e no japão, o deep house que, como o nome indica, é uma variação do house e uma das suas ramificações, é tocado a uma velocidade mais lenta e com samples vocais. surgiu no fim dos anos 80 e era considerado o parente pobre da house music – muitas vezes (mal) comparado com o chill out –, apareceu no séc. xxi com uma nova corrente e passou a ser música obrigatória nos bares mais exclusivos e luxuosos do mundo, onde a discrição é também sinónimo de diversão. o deep atingiu uma nova expressão ao tornar-se moda em ibiza, chegando ao ponto de ombrear com estilos tão fortes como o house e o tech, surgindo assim, quase pela primeira vez, como música de discoteca e grandes eventos. hoje em dia é considerado um som na linha da frente e mais facilmente compreendido por quem, de facto, percebe de música. os hits que sugiro no princípio da crónica são exemplos de deep house, no entanto aqui fica mais um. espero que gostem!
l what i might do – ben pearce (club edit)