Museu do Dinheiro nasce em 2013 [com vídeo

Dentro de um ano vão abrir as portas do novo Museu do Dinheiro do Banco de Portugal, em plena Baixa Pombalina de Lisboa. Localizado no espaço da antiga e recuperada Igreja de São Julião, «o museu terá entrada livre e pretende ser um centro de literacia financeira, contando a história do dinheiro e a sua…

o museu do dinheiro – que faz parte do quarteirão financeiro onde está a sede do banco de portugal – soma uma área total próxima dos dois mil metros quadrados. 

o bdp promete que este espaço vai ser «um lugar interactivo, e não contemplativo, com uma forte componente virtual e uma museografia não convencional, assente em tecnologia inovadora, na criação de ambientes surpreendentes e na participação do visitante na construção do conhecimento».

o horário de funcionamento do museu – que vai ter uma cafetaria aberta ao público – ainda está em estudo, mas fonte do banco de portugal indicou ao sol que deverá estar em linha com os restantes museus da zona da baixa lisboeta, com quem estão agora a ser desenvolvidos contactos para o estabelecimento de parcerias. e é esperada uma média anual entre 50 mil e 100 mil visitantes, de acordo com as estimativas preliminares do banco central.

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o processo de reabilitação e restauro da sede do banco de portugal durou perto de cinco anos e implicou um investimento na ordem dos 33,9 milhões de euros (mais iva), tendo o projecto de arquitectura sido da responsabilidade da dupla de gonçalo byrne e falcão de campos. no total foram contratadas pelo supervisor do sector financeiro mais de 130 empresas, quase todas nacionais, e envolvidas mais de duas mil pessoas nos trabalhos.

«ao longo dos cerca de 150 anos de vida do banco de portugal no edifício-quarteirão foram realizadas sucessivas intervenções que alteraram profundamente a filosofia estrutural dos edifícios», argumentou carlos costa, apontando o exemplo da igreja de são julião «cuja morfologia foi sendo danificada». antes destas obras, o espaço da igreja que agora vai ser o museu do dinheiro servia, nomeadamente, como garagem, arquivo e casas-fortes.

outra das ‘pérolas’ deste núcleo museológico é o troço da muralha de d.dinis, património nacional, que será possível ver na visita ao museu. 

«no decurso dos trabalhos foi identificado um troço, do qual se conseguiram manter cerca de 30 metros», adiantou o arqueólogo artur rocha, dando nota de que «foram feitos outros mais de 100 mil achados com interesse histórico dos níveis moderno, medieval e romano, bem como uma necrópole do século xix, com 300 exumações».

«a instalação do museu do banco de portugal, desencadeada em 2007, insere-se no projecto da câmara municipal de lisboa de revitalização da baixa chiado e é uma peça fundamental na nossa estratégia para dinamizar o coração da cidade», rematou o presidente da autarquia da capital, antónio costa, na mesma cerimónia. 

tania.ferreira@sol.pt