Sol&Sombra

Quem está ao SOL e quem ficou à SOMBRA. A semana vista por José António Lima.

SOL

Vasco Cordeiro

Aos 39 anos chega à presidência do Executivo dos Açores, já com a experiência de uma década em cargos dirigentes do governo regional. Entrou aos 23 anos para deputado regional, em 1996, quando se operou a mudança do ciclo político Mota Amaral-PSD para os quatro mandatos consecutivos de Carlos César-PS. Agora, conseguiu contrariar a anunciada viragem de ciclo para o PSD e a sua candidata Berta Cabral. E renovou mesmo a maioria absoluta socialista. A crise e a impopularidade das políticas de austeridade do Governo PSD/CDS ajudaram bastante ao seu resultado. Mas tem o mérito de saber aproveitar as circunstâncias e ser uma imagem de renovação na política açoriana.

Paulo Macedo

Num tempo difícil de cortes salariais e contestação generalizada em todos os sectores, foi capaz de chegar a acordo com os médicos, desbloqueando as carreiras em contrapartida pela redução das horas extraordinárias. É, ao mesmo tempo, o ministro que dá o melhor e maior exemplo, no seu Ministério, de cortes efectivos na despesa do Estado. E, ao que se sabe, um dos mais intervenientes e o que mais contributos, competentes e produtivos, tem dado nas conturbadas e longas reuniões de discussão do Orçamento no Conselho de Ministros. Um ministro em alta.

SOMBRA

Paulo Bento

Foi uma Selecção abúlica e sem agressividade competitiva que saiu derrotada da Rússia e desperdiçou mais dois pontos em casa frente à modesta Irlanda do Norte. Falta classe ao meio-campo de Portugal e parece faltar motivação colectiva a toda a equipa. O primeiro lugar do grupo ficou quase inalcançável e o apuramento para o Mundial-2014 no Brasil está preso por arames. Até parece que voltámos ao tempo de Queiroz.

Paulo Portas

Roça a infantilidade política a forma irresponsável como o CDS se tem comportado face ao Orçamento para 2013. Disse que só falava depois dos outros partidos (porquê?!) e não falou, passando vários dias em silêncio, para acabar com o seu líder, presume-se que afónico, a pronunciar-se ridiculamente por comunicado – eis até onde chegou a insensatez partidária. Como se viu nas eleições dos Açores, o CDS nada ganha em estar com um pé dentro e outro fora do Governo, a fazer birras e a amuar. Só se fragiliza a si próprio e à coligação.

José António Lima