A revolta

A Ásia começa a ser um expoente também da música electrónica. Depois do crescimento económico acentuado em alguns países, o desenvolvimento estendeu-se a outras áreas, sendo a oferta, tanto a nível de clubes como de música, bastante diversificada e de qualidade interessante.

são países emergentes, em que as novas gerações querem marcar as tendências e o gosto recai claramente nos sons mais electrónicos como o electro house.

o zouk, em singapura, é um caso à parte. há 21 anos no mercado, e considerada a melhor discoteca asiática e uma das melhores do mundo, tornou-se uma subcultura com identidade própria, dividida em quatro áreas (velvet underground, phuture, wine bar e main room). é um atractivo muito forte para o currículo de qualquer dj internacional, constando mesmo das preferências de hardwell ou avicii. já o bed supperclub, na tailândia, é um clube bem diferente, dos mais modernos e hi-tech, com um design super chique, e mistura o conforto e a exclusividade com gigs absolutamente fascinantes de dj como calvin harris ou laidback luke. diplo considera-o mesmo um dos melhores clubes onde tocou…

l zouk – singapura

l bed supperclub – banguecoque, tailândia

crazy penis ou crazy p é uma banda inglesa de música electrónica formada em 1996. sim, já são bastante antigos, mas o caminho que trilham é de sonoridades bem vanguardistas. com influências de deep house, disco e soul, este colectivo – considerado um dos melhores live shows de música electrónica do planeta – tem produzido e remisturado temas com uma facilidade fora do comum, mantendo os padrões de qualidade bem elevados. singles como ‘stop space return’ ou ‘love on the line’ elevaram a fasquia, tornando-os muito requisitados, sobretudo na austrália. o último álbum, when we on, assinado sob a editora 2020 vision, catapultou-os para colaborações com jamie jones, empire of the sun, entre muitos outros.

l crazy p – eruption

l peanut butter – alison valentine (moon boots remix)

l stefan tretau – beles (estroe remix)

a revolta do vinyl comemora a 9 de novembro o seu terceiro aniversário e nada melhor do que este projecto para abrir uma nova janela nesta crónica. começou por ser um programa de rádio, mas hoje em dia é sobretudo uma das portas que abrem portugal às novas tendências, à música de assinatura, desde o funky house ao electro, deep house ou disco. o ‘cozinheiro’ ricardo guerra explora como ninguém os ritmos mais elaborados do indie dance e nu disco e tem o dom irritante de conseguir tornar cada música que toca numa degustação para quem ouve. a happy music que o caracteriza e a paixão que dedica a estilos tão pouco explorados quão interessantes fazem dele uma referência nacional e um nome a apoiar. aceitar as suas sugestões e seguir o seu caminho é estar na linha da frente!

l atlas genius – trojans (lenno remix)

l goldroom feat. chela – fifteen (oxford remix)

electro house é mais um dos derivados do house que hoje em dia se pode ouvir um pouco por toda a parte. não sendo um estilo que me agrade particularmente, não posso deixar de referir a sua crescente importância no mundo da música electrónica sobretudo na crowd mais jovem. com influências do electroclash, pop, house e electro, e abusando de elementos como os sintetizadores, cordas, samples e distorções com um toque vocal, esta forma musical ficou conhecida com um hit de benny benassi: com o seu ‘satisfaction’ criou uma nova corrente musical. hoje em dia produtores como tiësto, deadmau5 e skrillex percorrem o mundo levando legiões de fãs atrás da sua música e desta corrente que veio para ficar…

l zedd & lucky date feat. ellie goulding – fall into the sky (extended mix)