informações iniciais indicavam que vários projécteis teriam atingido áreas não habitadas da cidade. mais tarde, um porta-voz das forças armadas israelitas afirmou à reuters que um míssil caiu no mar e não atingiu a cidade.
mas as sirenes de bombardeamento soaram pela primeira vez em telavive em duas décadas. a cidade encontrava-se teoricamente para lá da linha de fogo dos militantes da faixa de gaza. este desenvolvimento mostra que os grupos armados palestinianos dispõem agora de mísseis de maior alcance.
mais de 200 rockets foram disparados contra israel a partir da faixa de gaza desde quarta-feira, dia em que as forças armadas hebraicas lançaram uma nova operação militar contra o hamas, eliminando o comandante militar ahmed al-jabari. a acção é justificada por telavive por meses de disparos contra território israelita.
pelo menos 15 palestinianos e três israelitas morreram em dia e meio de violência. as vítimas palestinianas incluem combatentes e civis, incluindo um bebé de 11 meses filho de um colaborador da bbc. no lado israelita, as vítimas mortais são três habitantes da pequena cidade de kiryat malachi, a nordeste de gaza.
hoje, o governo israelita autorizou o exército a chamar 30.000 reservistas, e as forças armadas afirmam que todas as opções estão em cima da mesa, incluindo uma intervenção terrestre – por agora, a acção hebraica limita-se a bombardeamentos aéreos contra alvos em gaza e à intercepção de mísseis disparados contra território israelita.
na frente externa, o conselho de segurança das nações unidas reuniu de emergência na quarta-feira, sem emitir qualquer resolução, enquanto a liga árabe prepara um encontro para os próximos dias. o egipto, que inicialmente expulsou o embaixador de israel no cairo, diz-se disposto a negociar a paz entre as duas partes, ao mesmo tempo que anuncia o envio do seu primeiro-ministro para gaza. o hamas diz-se indisponível para a paz.
guerra no twitter
esta última escalada de violência no médio oriente, que vários analistas temem que desestabilize ainda mais a região, está a ser marcada por uma guerra online na rede social twitter.
a operação «pilar de defesa» está a ser relatada em directo pela conta das forças armadas israelitas (idf, na sigla inglesa), enquanto a conta das brigadas al-qassam, braço militar do hamas, acompanha a acção dos militantes palestinianos.
apesar da proibição de publicação de ameaças, violada por ambas as partes, o twitter não censurou qualquer mensagem até ao momento.
pedro.guerreiro@sol.pt
com agências