BES entra em França, Alemanha e África do Sul

O BES está a trabalhar na abertura de novas sucursais na Zona Euro, nomeadamente, em França e Alemanha, com o objectivo de acompanhar a nova vaga de emigração portuguesa. Na Ásia, o banco está a preparar o relançamento da unidade de Macau e em África quer consolidar as actividades em Angola e Moçambique, admitindo expandir-se…

«a actividade internacional representa hoje cerca de 30% dos resultados do banco e a nossa meta é aumentar o contributo das actividades externas para 50%, em 2015», frisou o banqueiro esta manhã num encontro com jornalistas portugueses em madrid. o objectivo do bes é diversificar as operações para reduzir o risco de dependência de apenas alguns mercados, como portugal, espanha ou angola, onde o banco tem forte presença.

amílcar morais pires justifica o investimento nos mercados maduros da zona euro, no próximo ano, com a nova vaga de emigração portuguesa. «acreditamos que este fenómeno se vai acentuar e reforçar a solidariedade familiar, ou seja, os portugueses que estiverem a trabalhar fora vão enviar mais remessas para as suas famílias em portugal».

já em macau a nova aposta do bes na reestruturação da sua unidade, com o reforço da tesouraria para trabalhar com novas moedas, é explicada com a importância que a china esta a dar países da lusofonia. «os bancos chineses estão a dar linhas para empresas investirem em angola e moçambique e consideramos que podemos ter aí uma vantagem competitiva», argumenta o responsável pela área internacional do bes, que assumiu este pelouro em março deste ano, acumulando com a administração financeira do banco.

neste momento, o banco tem em curso um processo de reorganização da operação internacional, no âmbito do qual está a ser estudado, por exemplo, se faz sentido avançar, em 2014, com uma operação bancária na áfrica do sul. «poderá vir a ser feito através do moza bank em moçambique», disse ainda.

já na américa latina, a prioridade é consolidar a sucursal que abriu em janeiro deste ano e ainda está em fase de investimento, de forma a explorar o mercado da comunidade de luso-descendentes, sobretudo, da madeira.

frisando que os recursos «não são ilimitados», apesar de considerar que a colômbia é um mercado interessante e do actual fluxo de investimentos entre este país e portugal, «não deve justificar o bes ir para lá».

no brasil, o banco liderado por ricardo salgado só quer manter a banca de investimento, preferindo potenciar o acordo que tem com o bradesco na área do retalho.

tânia.ferreira@sol.pt

*em madrid, a convite do bes