«temos que ser muito exigente no acompanhamento do rumo do partido», afirmou ao sol filipe anacoreta correia, que integra o movimento alternativa e responsabilidade, nascido há cinco anos. este movimento tem cerca de 20% de cargos eleitos no partido e não se tem coibido de criticar paulo portas.
mal foi conhecido o aumento de impostos, anacoreta correia exigiu ao líder do cds que mostrasse «maturidade» e desafiou-o a dizer se «continua a suportar a coligação», pois «não pode haver um pé dentro e outro fora».
agora, o conselheiro nacional considera que o cds deve fazer um balanço dos últimos acontecimentos, «clarificar o rumo», em vez de estar «a negar a realidade».
o centrista não aceita o discurso da direcção do cds sobre o oe, que considera «incongruente». «quer sair do governo? quais foram as propostas que apresentou para o oe? não se percebe», resumiu.
em abril, o próprio movimento alternativa e responsabilidade já tinha apresentado uma moção que defendia uma linha mais conservadora em matéria de costumes (aborto, adopção gay, eutanásia e procriação medicamente assistida), que foi chumbada. isto aconteceu na sequência da aprovação da lei que permite a adopção por casais do mesmo sexo, em que a bancada do cds se dividiu sem disciplina de voto.
correcção
o sol refere-se na sua primeira página, por lapso, a filipe anacoreta correia como sendo um «histórico do cds (e influente maçon)». a notícia, no entanto, é sobre o advogado e conselheiro nacional do cds que integra o movimento alternativa e responsabilidade dentro do partido e não sobre o seu tio, miguel anacoreta correia, antigo conselheiro de estado, antigo deputado e antigo vice-presidente dos centristas.