«marcou um ponto de inversão na política nacional. depois dela, a legitimidade do governo é apenas institucional», considera o líder parlamentar do ps, carlos zorrinho. fernando jesus (ps) elogia a «sua gigantesca dimensão e os preocupantes sinais que transmitiu ao país e aos dirigentes políticos». ou seja, «exemplar», nas palavras de gabriela canavilhas.
a manifestação popular, na sequência do anúncio do primeiro-ministro relativo às propostas de alteração à tsu, traduziu-se «num forte abalo na relação de confiança e união na prossecução de um interesse comum, existente entre o governo a população», descreve pedro pimpão (ps), enquanto joão oliveira (pcp) engloba toda a luta contra a tsu no acontecimento nacional do ano. «comprova que a convergência contra a política de direita e o pacto da troika é possível e pode ser bem sucedida», explica, na mesma linha do seu colega de bancada josé lourenço (pcp), que elege a greve geral de 14 de novembro.
já joão soares (ps) preferiu destacar «a mobilização cívica, firme, tranquila e espontânea de um povo contra a injustiça e a insensibilidade social de um governo de direita».
mesmo entre o psd, o 15 de setembro foi um marco. joão prata (psd), paulo ribeiro (psd) ou jorge oliveira (psd) são alguns dos deputados que não tiveram dúvidas em apontar este dia… mas sem acrescentar qualquer explicação.
no pólo oposto, o deputado da maioria antónio rodrigues (psd) nomeia a «firmeza governativa mesmo com a pressão nacional» o acontecimento mais relevante de 2012.
o veto do tribunal constitucional ao corte nos subsídios de férias e natal aos funcionários públicos é outro momento importante, no entendimento do social-democrata duarte marques. «pelas consequências que trouxe ao país e pelos diversos actos sucedâneos que provocou, como por exemplo o caso tsu. este veto condicionou toda a cena política e económica das famílias, do país, das empresas e até da oposição em portugal», esclarece.
o nível de desemprego, «por ser um flagelo nacional», é apontado por rui paulo figueiredo (ps). e mesmo a visita de visita de angela merkel merece destaque. «é a expressão da solidariedade alemã e europeia e o reconhecimento do bom resultado do cumprimento do memorando por parte de portugal», nota guilherme silva (psd).
