o homem que anunciou aos portugueses um «brutal» aumento de impostos é destacado por guilherme silva (psd) porque, «com grande paciência, tem evitado uma nova grécia e um segundo resgate».
«para o bem e para o mal, concorde-se ou discorde-se, é a pessoa mais marcante na cena política de 2012. pela importância dentro do governo, pela responsabilidade a cada dia alargada a cada vez mais áreas de governação ou pelo estilo peculiar que trouxe à política portuguesa. a verdade é que temos o futuro nas suas mãos e na sua tese», acrescenta o seu colega de bancada duarte marques (psd). mas termina mesmo com um desabafo: «espero que ele tenha razão».
na votação para a figura nacional do ano, joão oliveira (pcp) destaca o número dois do governo pela negativa: «obviamente pelo protagonismo que tem assumido no processo de saque aos trabalhadores e ao povo português». basílio horta (ps) também não tem dúvidas: «é quem verdadeiramente condiciona as nossas vidas agora e até no futuro».
o secretário-geral do ps, antónio josé seguro, também surge na lista, nomeado pelo ‘seu’ líder parlamentar. jogando em casa, carlos zorrinho considera que seguro «deu rosto e conteúdo a uma alternativa responsável para o governo de portugal».
antónio borges, consultor do governo para as privatizações, também é brindado, curiosamente, por um deputado da maioria, jorge paulo oliveira (psd), mas «pela negativa», enquanto o novo secretário-geral da cgtp, arménio carlos, é o escolhido por josé lourenço (pcp) por ter «encabeçado à frente da cgtp milhares de lutas dos trabalhadores».
já joão soares (ps) elege januário torgal ferreira, bispo das forças armadas, pela «frontalidade, desassombro, sensibilidade ao sofrimento do povo a que pertence».
na lista, aparece apenas o nome de uma mulher: assunção esteves, presidente da assembleia da república, que é eleita por antónio rodrigues (psd) «pela forma distinta que imprimiu no conceito de parlamento».
mais surpreendente é a resposta de rui duarte (ps), que não esqueceu o emigrante português: «em 2012, emigraram cerca de 65 mil jovens portugueses por falta de oportunidades de emprego».