já houve uma reunião entre assunção esteves e os vários presidentes das comissões parlamentares, antes do natal, mas chegou ao fim sem conclusões. e foram mais as dúvidas suscitadas do que as certezas.
a presidente da assembleia apresentou um estudo em powerpoint para ilustrar as experiências que existem noutros países, nomeadamente com a presença dos vários parlamentos no facebook e no twitter.
apesar de ter recebido alguns apoios quanto à iniciativa, os deputados levantaram uma série de questões, desde logo como será feita a gestão dos conteúdos a colocar diariamente. o problema, advinha-se já, são as escolhas políticas que serão feitas.
«no facebook ou no twitter, não se vai conseguir pôr tudo aquilo que dá entrada no parlamento», explicou ao sol um dos deputados presentes na reunião, lembrando que para isso existe a página do parlamento na internet que é actualizada todos os dias com as iniciativas legislativas que dão entrada, as que são aprovadas, a agenda, etc.
o outro problema levantado foi a gestão de comentários. facilmente se prevê que as actividades do parlamento – aprovação de leis e debates – provoquem algumas reacções mais emotivas ou agressivas. a página do facebook do primeiro-ministro, por exemplo, tornou-se um extenso mural de insultos neste natal, na sequência da mensagem que passos aí colocou no dia 26.
sem conclusões, para já, o gabinete de assunção limitou-se a dizer que se «discutiu o tema da actualização do processo democrático de comunicar face às novas tecnologias de informação» e que se «pretende uma relação renovada do parlamento como instituição com os novos espaços de comunicação emergentes».
a artv – canal parlamento já está no facebook. as suas actividades, no entanto, só são seguidas por 276 pessoas, o que mostra o pouco interesse que existe.