Caixa reduz 750 funcionários até 2016

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai manter, no próximo triénio, a política de contratação controlada que tem seguido nos últimos anos. Isto, somado às saídas de trabalhadores em idade de reforma, irá levar a uma redução de cerca de 750 colaboradores em Portugal até 2016, confirmou o banco público ao SOL.

ao contrário dos concorrentes privados, como o bcp, bpi ou banif, o banco do estado não tem um plano oficial e imediato de redução de pessoal – através de rescisões amigáveis ou reformas antecipadas, por exemplo. mas, de acordo com informações recolhidas pelo sol, a caixa trabalha nesse sentido por via de um «processo de ajustamento natural».

a estratégia da administração da cgd para emagrecer o quadro de pessoal – reflectida no plano de recapitalização apresentado à troika e ao banco de portugal – passa por evitar novas contratações. a ideia da gestão liderada por josé de matos é que a estrutura se vá adaptando às saídas de trabalhadores – por reforma ou por encontrarem outras oportunidades de emprego –, de forma a reduzir o saldo líquido do quadro de pessoal afecto à rede nacional da instituição.

«a caixa geral de depósitos não pondera efectuar qualquer despedimento ou não renovação contratual com o objectivo de provocar uma redução do número de trabalhadores. como tem vindo a verificar-se ao longo dos últimos anos e que se prevê que continue, o efectivo da cgd tem sido objecto de uma política de forte contenção na contratação. esta política associada ao ritmo de saídas tem resultado numa redução do total de trabalhadores da cgd», confirma ao sol fonte oficial do grupo.

banca reduz efectivos

em 2009, o número de colaboradores da cgd em portugal estava muito próximo dos 11.000 e, no final de 2011, já rondava os 10.500. a cgd não respondeu ao sol sobre o número de efectivos com que o banco fechou o ano de 2012.

no sector bancário, a redução de efectivos é transversal. o bcp, na sequência do programa de rescisões por mútuo acordo, já conseguiu reduzir o seu quadro de pessoal em 600 pessoas. a estas somam-se mais 300 colaboradores por reforma. o banif, pelas mesmas vias, conta hoje com menos cerca de 300 trabalhadores. já o bpi tem vindo a optar pelo modelo de reformas antecipadas.

tania.ribeiro@sol.pt