segundo a comissão europeia, o objectivo é equilibrar a representação de homens e mulheres em cargos que devem servir de exemplo para o sector privado, dada a sua importância económica e a sua grande visibilidade.
«ao ritmo actual, seriam necessárias várias décadas para se acabar com o desequilíbrio entre os géneros», afirma a directiva, considerando que as quotas, apesar de controversas, são a medida mais eficaz: «os progressos mais significativos foram alcançados pelos países que introduziram medidas vinculativas».
as realidades nos países da união europeia são muito diferentes a este nível. a presença de mulheres nos cargos de topo varia entre os 3% e os 27%.
no dia da mulher, a 8 de março, o governo tinha aprovado uma resolução para obrigar empresas públicas e privadas a adoptar planos para a igualdade. segundo dados do governo, o sector empresarial do estado tem 27% de mulheres em lugares de topo, as empresas cotadas em bolsa têm 9,5% e as do psi 20 apenas 6,2%. por isso, no que diz respeito às cotadas, portugal tem de percorrer um longo caminho até atingir as metas da comissão.
em entrevista ao sol, em novembro, a secretária de estado da igualdade, teresa morais, manifestou-se favorável à existência de quotas a nível europeu, considerando «triste» que a presença de mulheres seja mais reduzida, nas maiores empresas.