hugo velosa dá a cara pela indignação generalizada: «neste grupo parlamentar, nunca irá levar isso avante!». outros deputados, ouvidos pelo sol, consideram a posição de bota «inaceitável» pois são «acusações genéricas» que atingem todos os deputados.
ao sol, mendes bota explica que a «única solução que resolve o problema dos conflitos de interesse entre actividade pública e actividade privada é adoptar a exclusividade do mandato de deputado». depois de ter criticado os deputados que trabalham em escritórios de advogados, em declarações à rtp, na semana passada, insiste que manter a actual situação é continuar «a beneficiar quem se serve da projecção e da influência de um cargo político para retirar vantagens exponenciais na sua progressão profissional e de que portugal não é parco de conhecidos exemplos».
por isso, para bota, o projecto de lei do be é, até, «insuficiente». os bloquistas propõem a proibição de os deputados prestarem serviços de consultadoria e assessoria a entidades do estado e empresas concorrentes a concursos públicos, bem como a proibição de os cônjuges de deputados celebrarem contratos com entidades do estado.
na anterior sessão legislativa, o be entregou o mesmo projecto de lei, que acabou chumbado. mendes bota respeitou a disciplina de voto do psd mas entregou uma declaração de voto para apoiar a intenção dos bloquistas.