o objectivo inicial era vender 29 mil máquinas, antecipando uma quebra face às 32 mil bimby vendidas em 2011. «com tudo o que se previa para 2012, com subidas de impostos e cortes nos subsídios, jamais pensei que pudesse ter o melhor ano de sempre», assume a presidente executiva da bimby portugal, isabel padinha, em entrevista ao sol. contas feitas, as vendas subiram 10,19% relativamente a 2011. e a subsidiária portuguesa contribuiu com mais de 28 milhões de euros para o total do grupo.
«os nossos patrões na alemanha já não acreditam que somos um país em crise», revela. e garante que «portugal é um país estrela da vorwerk international», sendo que a máquina está disponível em mais de 30 países. a subsidiária portuguesa é a quinta no ranking das vendas. mas, analisando a proporção entre o número de famílias potencialmente compradoras e o volume de negócios, a liderança é de portugal – que esteve perto de bater as vendas alcançadas em frança – assegura a responsável.
em plena crise, como se explicam estes resultados? «apesar do preço, o cliente percebe que pode poupar tendo uma bimby e que o esforço do investimento inicial é rapidamente devolvido», justifica. outro ingrediente desta receita de sucesso será o maior consumo em casa (menos idas ao restaurante, levar almoço para o trabalho) e a facilidade na elaboração de refeições – a máquina prepara um menu completo em meia-hora. e o aumento das vendas a redes hoteleiras e restauração também tem contribuído.
«a bimby não tem um público-alvo. é um produto que está em todas as faixas etárias e estratos sociais», desde idosos que se esqueciam da comida ao lume, a famílias numerosas ou solteiros.
natal em janeiro
comercializada exclusivamente por venda directa – o vendedor começa por fazer uma demonstração em casa do potencial comprador – uma bimby custa 966 euros. em portugal, 40% dos aparelhos são pagos a pronto. os restantes têm financiamento bancário, embora esteja a aumentar o volume de recusas de crédito por parte das entidades financeiras «porque a taxa de esforço de algumas pessoas está no limite».
ainda assim, em janeiro, a empresa lançou uma campanha de 0% de juros para quem compra a prestações e «foi natal outra vez». em média, em portugal vendem-se 3.000 bimby por mês. e dezembro costuma ser o pico do negócio, ao contrário de janeiro, que é o mais fraco. porém, no mês passado, as vendas terão chegado às 4.000 máquinas. para 2013, o objectivo é pôr nas cozinhas portuguesas mais 34 mil bimby.
‘cozinhar’ rendimento extra
«a nossa força de vendas varia entre os 1.100 e os 1.400 agentes», mas este também é um número em crescimento. no ano passado, chegou aos 1.500. devido ao desemprego e às perdas salariais, há quem tenha optado por este sistema para ter um rendimento extra. «o desemprego tem atraído um nível de recrutamento bom e, em termos de empregabilidade, este ano foi muito forte». na bimby portugal, 98% dos vendedores são mulheres. metade a tempo inteiro e metade em parcial, parcela que está a aumentar. e há desde médicas, advogadas a estudantes.
segundo isabel padinha, quem vender dez máquinas mensalmente pode conseguir 2.100 euros em comissões. se se ficar pelas cinco, ganha 1.500 euros.
por mês, um agente vende, em média, três robots, o que significa comissões de 500 euros. mas também há quem chegue aos 20. no ano passado, a melhor vendedora entregou 225 máquinas, ou seja, 18 por mês.