Vinhos portugueses cada vez mais presentes no mercado russo

As exportações de vinhos portugueses estão a conhecer um aumento significativo para a Rússia e as empresas nacionais investem cada vez mais neste mercado.

a associação empresarial de portugal (aep) juntou no seu pavilhão, na feira prodexpo, várias empresas que exportam produtos alimentares e vinhos para a rússia.

o grupo carmin, que produz conhecidos vinhos do alentejo, exportou no ano passado para a rússia entre 200 mil e 250 mil garrafas.

“estamos aqui para consolidar as nossas posições e novos parceiros”, declarou à lusa luís ribeiro, representante dessa empresa alentejana, esperando para o ano corrente “um aumento de 20 a 30 por cento”.

“sentimos orgulho em que os nossos vinhos sejam vendidos, não só em moscovo, mas noutras regiões da rússia”, frisou.

a empresa enopartner, que promove vinhos de várias regiões de portugal no estrangeiro, também já não é novata no mercado russo.

“em 2012, exportámos para aqui cerca de dez mil garrafas de vinho e, se estamos nesta feira, é porque tencionamos aumentar o volume de vendas”, declarou carlos moreira, chefe das exportações dessa empresa, enquanto dava a provar os seus vinhos a potenciais clientes.

a comissão vitivinícola regional do tejo também está presente com o seu pavilhão, que reúne 14 empresas da região, mais seis da fenadegas, outra organização de produtores de vinhos portugueses.

“no ano passado, exportámos 40 mil litros de vinho para a rússia e este é um dos mercados prioritários para nós”, disse à lusa edna barbosa, responsável do departamento de marketing da cvr do tejo.

“a rússia é o sexto mercado extraeuropeu para nós, mas queremos reforçar aqui as nossas posições”, frisa.

por seu lado, gonçalo furtado, da fenadegas, referiu que o grupo de empresas que representa exportou para o mercado russo, no ano passado, 300 mil garrafas de vinho e que está optimista quanto a este ano.

os produtos alimentares também tentam entrar no mercado russo ou reforçar posições. a probar, que exporta presuntos e fiambres, ainda não superou todos os testes de certificação.

“são demasiadas exigências, análises, burocracias”, declarou à lusa maria joão oliveira, encarregada das exportações da empresa, mas frisou: “somos persistentes e estamos convencidos que vamos vencer neste mercado”.

a empresa minhofumeiro, de ponte de lima, já superou todas essas barreiras, procurando agora clientes para os seus presuntos e outras carnes fumadas.

“para nós, o mercado russo é estratégico”, declarou antónio paulino, administrador da empresa.

lusa/sol