não há a mínima dúvida de que a construção nova sofreu uma quebra acentuada nos últimos anos e isso é demonstrado no número de fogos licenciados. se em março de 2007 ultrapassou as sete mil licenças, a partir de junho de 2012 nunca mais foram ultrapassados os 1.000 fogos por mês. em setembro do ano passado foram licenciados 336 habitações t3, 168 t2, 141 t4 e 70 t1.
de acordo com o market outlook – janeiro de 2013, da associação dos profissionais e empresas de mediação imobiliária de portugal (apemip), os apartamentos ainda continuam a dominar a oferta, com 54,9% em outubro de 2012, seguidos das moradias com 22,16%, dos imóveis com negócio em 10,58%, dos terrenos e lotes nos 8,38%, das quintas com 2,26% e categoria ‘outros imóveis’ representou 1,47%.
já o peso no arrendamento residencial tem vindo a subir gradualmente, tendo em maio de 2012 sido de 4,66% e em outubro de 5,11%. contudo, em termos mensais, em setembro existiu um crescimento de 3,28%, mas outubro trouxe uma quebra de 7,55%.
usados dominam oferta
relativamente ao estado de conservação dos imóveis em oferta em portugal, os usados estão em maioria, com 52,19%. os novos representam 34,03% da oferta e apenas 6,94% dos espaços à venda estão em construção.
quanto aos valores apresentados nesse mês, o máximo vai naturalmente para os imóveis com maiores tipologias, o t5 apresentou valores mínimos de 125.000, até ao máximo de um milhão e duzentos mil euros. o t4 teve mínimos de 115.000 euros, e máximos de 675.000. o t3 variou entre os 79.000 e os 370.000 euros. já o t2 ficou entre os 64.000 e os 235.000 euros.
ainda em outubro de 2012 foram os imóveis com valores entre os 75.000 e os 125.000 euros que dominaram a oferta, representando 38,47%. seguiram-se depois os imóveis com valores entre os 125.000 e os 175.000 euros, com uma fatia de 24,59%; e depois os imóveis com valores situados entre os 175.000 e os 250.000 euros.
no que diz respeito ao arrendamento residencial os valores balizaram-se entre os 220 e os 550 euros. os t5 foram novamente os imóveis arrendados com os valores mais elevados (550 euros de média) e os t1 com os mais baixos (220 euros). os t2, t3 e t4 variaram entre os 250€e os 350 euros de média.
procura maior nos t3
quanto à procura também os apartamentos são os mais procurados com 56,63%, seguindo-se as moradias com 33,03%. no que diz respeito ao arrendamento, a procura também aumentou ligeiramente. subiu de 41,09% em maio para 43,64% em outubro.
por tipologias o t3 é o mais procurado com 31,35%, seguindo-se o t2 com 27,78% e o t4 com 18,28%. na compra, os t5 apresentaram os mínimos mais elevados, com 117.232 euros, e máximos de 290.331 euros. e se o t1 revelou o mínimo mais baixo com 69.649 euros, o t2 apresentou o valor máximo mais baixo, 163.278 euros.
também no arrendamento os t5 e os t4 foram os que apresentaram valores mais elevados sendo que o t5 atingiu máximos de 836 euros e o t4 731 euros. os t3 registaram valores entre 308 e 583 euros, e o t2 de 279 a 501 euros.