num cenário de incerteza em que a paz social começa a ser questionada pelos investidores internacionais, devido à forte política de austeridade, álvaro santos pereira mostra-se confiante. «uma das palavras-chave para o nosso sucesso até agora tem sido ‘concertação social’. temos dedicado muito tempo a esta questão e vamos continuar a dedicar, porque não tenho dúvidas de que para mantermos a nossa credibilidade externa e a nossa coesão social temos de garantir a concertação social e tudo farei para que seja mantida».
o turismo residencial, que é uma das apostas do governo para relançar a economia portuguesa, marcou o início dos trabalhos hoje em londres. «queremos fazer de portugal um bom país para investir», declarou o ministro da economia num encontro com a imprensa internacional, frisando os benefícios fiscais que portugal tem para oferecer, bem como o novo programa de vistos «gold», e as condições do país, como o clima, a segurança e a diversidade dos destinos. a estabilidade do sistema financeiro foi outro dos pontos destacados por santos pereira, garantindo que existe disponibilidade da banca nacional para dar crédito a este tipo de investimentos.
road-show segue na europa, emirados árabes, china e eua
«o governo sentiu que havia a necessidade de fazer um maior ajustamento entre a oferta e procura que existe nesta área, porque acreditamos que há no turismo residencial um grande potencial de crescimento que terá fortes impactos positivos na economia a vários níveis», disse, por sua vez, o novo secretário de estado do turismo ao sol.
adolfo mesquita nunes, que teve hoje o seu primeiro evento internacional enquanto governante, revelou ainda que «depois de londres, em que fazia todo o sentido começar por ser o nosso maior potencial cliente, iremos continuar o road-show por amesterdão já em abril, estocolmo em maio, e depois voltamos a londres, seguimos para a rússia, frankfurt e paris».
o presidente do turismo de portugal argumentou ao sol que «estes são mercados consolidados, onde temos uma grande tradição e onde temos de apostar já. depois disso, lá mais para o final do ano, fará sentido avançarmos para outros mercados». na rota estão «os emirados árabes, índia, china e também estados unidos e canadá», adiantou frederico costa, explicando que «já em países como angola, por exemplo, a captação de investidores tem de ser feita de outra forma».
