“veremos o que os tribunais vão dizer. veremos se os tribunais vão aplicar alguma sanção acessória”, afirmou, em reacção às críticas da oposição.
esta semana, foi publicado o despacho, assinado por passos coelho e vítor gaspar, a determinar a criação de uma vaga para silva carvalho, ex-director do serviço de informações estratégicas de defesa, de acordo com a lei-quadro dos serviços de informação, que concede a integração na pcm aos funcionários dos serviços com mais de seis anos de trabalho.
mas isso não significa que o ex-espião seja já integrado. o governo está ainda a estudar os pedidos feitos pelo ex-espião que de início solicitara a criação da vaga na pcm e simultaneamente uma licença sem vencimento. silva carvalho saiu do sied no final de novembro de 2010 para ir trabalhar para a empresa ongoing. meses depois, foi acusado pelo ministério público de abuso de poder e violação de segredo de estado.
no debate esta quinta-feira, no parlamento, antónio filipe, do pcp, estranha que o governo tivesse dado “um prémio” ao ex-espião e que nunca tenha havido um processo interno disciplinar instaurado a silva carvalho. isabel oneto, do ps, considerou que o governo “deve explicações” sobre este caso “por respeito por todos os funcionários públicos” enquanto cecília honório, do be, afirmou tratar-se de uma “situação escandalosa”.
