Campanha põe termo ao luto venezuelano

A campanha para as eleições presidenciais de dia 14 na Venezuela começou oficialmente na terça-feira, prolongando uma já longa corrida de fundo de dois homens, Nicolás Maduro e Henrique Capriles, à sucessão do falecido Presidente Hugo Chávez. O tom dos primeiros dias, tal como o da semana anterior, é hostil. Ainda no sábado, o chavista…

o ataque gerou especial repulsa entre a oposição pelo facto de capriles, católico, ser descendente de judeus fugidos ao holocausto. na quarta-feira, em barinas, onde nasceu chávez, o candidato conservador respondeu com a denúncia de que um funcionário do psuv de maduro teve na sua posse um código que permitiria entrar no sistema de voto electrónico e alterar os resultados.

vicente diaz, o vogal da comissão nacional de eleições mais conotado com a oposição, confirmou a suspeita mas garantiu a «transparência» do sistema eleitoral. afirmou contudo que a campanha decorre num ambiente «profundamente antidemocrático» e «desigual» que favorece maduro: «a sua estratégia passa por instrumentalizar a memória de um líder falecido. (…) quando o seu rival, capriles, atacar o governo, estará a atacar uma pessoa falecida e isso vai virar-se contra si».

as sondagens reveladas ao longo do mês de março confirmam o desequilíbrio: a pesquisa mais animadora para a oposição conservadora coloca capriles dez pontos atrás de maduro (55% – 44%), a pior indica uma desvantagem de 35 (61% – 26%).

pedro.guerreiro@sol.pt