é também este misticismo que faz da noite uma das mais elegantes e interessantes da europa. espaços com a água no horizonte, pessoas interessantes, glamour e luxo. entre as várias opções, elejo duas que merecem ser visitadas. o reina, clássico da cidade, espaço fantástico, autêntico império do entretenimento, com vários restaurantes, bares e diferentes pistas de dança. entre as 2.500 pessoas que habitualmente o frequentam podemos ver inúmeras celebridades, milionários extravagantes, figuras da televisão… no fundo, o expoente do multiculturalismo aqui existente. o angelique não lhe fica atrás. com um público ligeiramente mais jovem, aqui podemos ver os bon vivants da cidade a degustarem um bom jantar, um simples vinho ou uma noite de diversão bem parecida com as que encontramos em nova iorque ou tóquio.especialmente ao sábado, quando recebe a socialite da cidade e o mundo da moda.
sugestões :
l depends on you (original mix) – belocca
l riders on the storm (crazibiza remix) – sean finn
esta semana faço uma autocrítica, mas aquilo que demonstro e o que sou não pode nunca ser dissociado do meio de onde venho. entrei num cocktail de apresentação de uma nova marca em maputo e fui como costumo ir em lisboa. chegado ao local, senti que não estava à altura do acontecimento. aqui as pessoas encaram a noite – seja uma apresentação ou qualquer outro evento – como um acontecimento e é isso que as faz arranjarem-se a rigor e desfilarem como se de uma passerelle se tratasse. obrigam-se à superação, a estarem melhor que a pessoa ao lado. fez-me lembrar as noites da antiga kapital ou do rio de janeiro, onde recentemente assisti estupefacto ao requinte das pessoas que se acercavam da porta do bar do copacabana palace ou do londra (fasano). isto para dizer que, até neste aspecto, a noite em portugal perdeu algum do seu brilho. hoje em dia as pessoas vão para a noite apenas como se fosse mais uma, sem a excitação e o encanto que deveriam sentir.qualquer um entra de qualquer forma em qualquer lugar, não existe selecção, a guest list tem mais nomes que a entrada normal, os promotores são mais que os clientes e a guerra é quem consegue beber mais bebidas sem pagar. a noite é um negócio, mas é também sonho e os dois não se podem dissociar. há que elevar padrões e ser correspondido pelo reconhecimento dos clientes. tenho saudades de uma lisboa assim… na linha da frente!