de facto, no final do ano as intenções da procura, segundo dados do portal imobiliário casayes, eram próximas dos 50%, sendo que em alguns distritos, como lisboa e porto, essa realidade registou valores superiores a 50%. este comportamento reflecte desde logo a diminuição da capacidade financeira das famílias, e a forma como estas encaram actualmente o mercado. do lado da oferta do portal casayes, quando analisamos a percentagem de imóveis para arrendamento no âmbito nacional – 3,9% no final de 2011 e 5,3% em 2012 – observou-se um crescimento (ainda que residual, tendo em conta a procura).
rendas entre 300 e 500 euros
nas pesquisas efectuadas ao portal, a procura de valores no âmbito nacional, direccionada para o arrendamento residencial, em 38,9% dos casos situava-se entre os 300 e os 500 euros, em 36% para valores inferiores ou iguais a 300 euros, e só em 15,2% dos casos estava mais acima, entre os 500 e os 750 euros.
contrastando a procura com o que existia em stock, no mercado para oferta denotou-se um certo desajustamento. de facto, apenas 11,5% dos imóveis para oferta no portal casayes registaram valores inferiores ou iguais a 300 euros, 41,2% encerraram valores compreendidos entre 300 e 500 euros, e 21,9% entre 500 e 750 euros.
metade para comprar e outros tantos para arrendar
no entanto, a procura de imóveis residenciais para aquisição é ainda uma realidade, encerrando no âmbito nacional cerca de 50% das pesquisas no final do ano. numa análise por tipo de imóvel, 58,4% das pesquisas direccionaram-se para apartamentos e 31% para moradias.
por tipologia a procura continua segmentada maioritariamente nos t2 e t3, à semelhança da oferta, mas com uma crescente relevância dos t1 (comparativamente a 2010 e 2011).
para o montante pesquisado no âmbito nacional, verifica-se que quase um quarto se direccionou para valores inferiores ou iguais a 75.000 euros, 33% entre os 75.000 e os 125.000 euros, e 19,8% entre os 125.000 e 175.000 euros. no que concerne à oferta, os valores médios praticados no ano em análise, concentraram-se maioritariamente entre os 75.000€e os 125.000 euros (29,7%), e entre os 125.000 e os 175.000 euros (21,7%).
alargando a análise ao nível municipal, tendo como referência o ano de 2012, lisboa encontra-se no topo no âmbito dos concelhos mais pesquisados com 10,6%. na procura de apartamentos registou 15,7%; no que concerne a imóveis não residenciais teve cerca de 6,4% de procura; e somou ainda 8.8% nos imóveis para compra e 14,2% no caso de arrendamentos.
na procura de moradias, vila nova de gaia lidera com 3,9% de pesquisas geradas, ocupando lisboa o 7.º lugar. de mencionar ainda que, no que se refere ao arrendamento, o maior nível de pesquisas centralizou-se em concelhos dos distritos de lisboa e do porto.