na noite, a cidade cosmopolita revela-se no charme dos seus clubes selectos e serviço de luxo. o simon, por exemplo, é conhecido pela sua criatividade e produções excêntricas, não sendo de admirar se por lá vir anões atrás do balcão, bailarinas de ballet ou inclusive sexo ao vivo num dos seus recantos. com porta selecta e staff rigoroso, aqui pode encontrar alguns dos grandes dj da actualidade e divertir-se até de manhã. já o zen club é o ex libris do país, espaço histórico e muito requisitado sobretudo pelos famosos dinamarqueses da televisão e mundo empresarial. é aqui que acontecem as grandes after parties da moda e da música onde o glamour e a elegância se sentem ao passar da porta e o brilho da noite atinge o seu máximo esplendor. referência ainda para o renovado hotel bar rouge, situado no famoso hotel skt petri, minimalista, arrojado e musicalmente evoluído, onde cada cocktail é um desafio e um aliciante tanto para quem faz como para quem o degusta.
l brooklyn (original mix) – groovebox
l emperor feat. kali (maceo plex last disco remix) – maceo plex, ali love
há cerca de 15 anos, quando comecei a sair à noite, assisti por diversas vezes a conversas de amigos mais velhos, algumas delas dignas de um filme de bollywood, é certo, mas que me fizeram criar uma imagem acerca das mulheres desfasada da realidade. diziam eles que as portuguesas eram ‘pãezinhos sem sal’, demasiado tímidas, esquisitas e arrogantes, que nem percebiam por que razão algumas saiam à noite, que não socializavam, que no brasil e em áfrica é que era. contavam-me autênticas orgias e ‘coboiadas’ nos locais mais inóspitos ou paradisíacos, e que elas lá é que eram mulheres ‘à séria’. mesmo aqui ao lado em espanha falavam-me do salero das meninas, das mini-saias e da forma como elas olhavam para eles. pois bem, passados uns anos, as meninas portuguesas tornaram-se verdadeiramente iguais aos meninos, reagem de igual para igual sem traumas ou preconceitos. de repente, aos olhos dos mesmos amigos tornaram-se ‘fáceis’, ‘ordinárias’ e ‘oferecidas’, apenas e só porque querem o mesmo que eles. pergunto eu: ‘mas afinal o que querem vocês?’. a interpretação que faço é que a mulher em portugal adquiriu os mesmos direitos no século xx mas só os pôs em prática (salvo excepções) no século xxi e, como diz um grande amigo meu, 95% dos homens não estavam preparados para lidar com isso. por isso choram, sofrem e revoltam-se quando as vêem fazer aquilo que eles passaram anos a fazer. afinal não era isto que queriam? por mim acho óptimo, gosto de ver as portuguesas modernas, confiantes e com personalidade. 95% dos homens não vão achar piada a esta opinião, mas neste mundo concorrencial são os restantes 5% que estão na linha da frente! l