mas, por muito que se tente entender, é difícil perceber a causa e efeito. que culpa têm inocentes que correm uma maratona dos traumas de uma comunidade agredida e esmagada a milhares de quilómetros? a resposta é… nenhuma.
com a globalização, curiosamente, vamos sabendo um pouco mais de gentes que achamos viverem de acordo com as regras da idade média. onde o sofrimento e a violência faziam parte do dia-a-dia. o que levará indivíduos que vivem tranquilamente em cidades ocidentais a realizarem ataques cruéis e a chegarem ao extremo de se suicidarem para levarem consigo o maior número de infiéis?
a resposta não é fácil. o que é fácil é perceber que quem se rege por regras da idade média está sempre em vantagem, pois os da actualidade tendem a desculpabilizá-los. que são o produto do que lhes fizeram; que foram subjugados por alguma potência; que foram expulsos dos seus territórios; ou outra razão qualquer.
por muito que custe ao ocidente, há povos que se regem por regras que nada têm a ver com os nossos valores e que se aproveitam da nossa passividade. um ocidental se vai a um país muçulmano é obrigado a submeter-se às leis locais. o contrário acontece? não. no meio desta ‘guerra’ ficam os muito milhões de muçulmanos pacíficos e que nada têm a ver com violência. portugal tem sido um bom exemplo. diferentes povos e diferentes culturas têm convivido tranquilamente. percebe-se também que há países árabes que procuram mudar essa mentalidade. por alguma razão já existem dubais e afins. esperemos que consigam levar os outros povos para o lado bom da força. isto é: que aceitem os outros como são e não recorram à violência de uma forma gratuita.
mas, voltando às atitudes incompreensíveis, o que dizer das autoridades da arábia saudita que expulsaram três muçulmanos dos emirados árabes unidos por serem muito bonitos e existir o perigo de poderem provocar o desejo nas mulheres locais? e que dizer daqueles que são mortos à pedrada ou decapitados na praça pública? não penso que devamos criticar costumes e formas de vida diferentes das nossas – também já fomos assim. mas o que não devemos permitir é que nos obriguem a regressar ao passado…
vitor.rainho@sol.pt