Nem tudo é mau na Europa

Macau é uma das duas regiões administrativas especiais (a par de Hong Kong ) da República Popular da China com uma forte ligação a Portugal, ou não tivesse sido colonizada e administrada durante mais de 400 anos pelo nosso povo.

não é preciso conhecer muito para se saber que esta região detém uma forte estrutura cultural, sendo que a sua principal alavanca económica é sustentada precisamente pela noite, diversão e entretenimento. falo dos casinos, do jogo, da prostituição e dos bares e clubes. conhecida como a las vegas do oriente, embora sendo já hoje em dia a principal indústria de jogo do mundo, tem também vários clubes de referência para quem não quer gastar as suas patacas (moeda local) numa roleta.

o mp3, localizado sob a água e numa rua repleta de bares que servem de ‘aquecimento’, é um espaço pequeno e muito peculiar. com bailarinas stripers a coordenarem o compasso da dança pode escolher dois ambientes: um mais house music e outro mais relaxante num pátio ao ar livre. aqui pode encontrar um ambiente bem cosmopolita, muitas vezes conotado como isco para as muitas meninas que ali tentam rentabilizar a sua noite…

o club cubic é o mais imponente e luxuoso da zona. com 30.000 m², tem várias áreas distintas: a vip é o grande atractivo que faz com que a socialite macaense e os endinheirados jogadores de casino acabem a noite num espectáculo de champanhe e loucura. elegância e sofisticação com dois pisos, um bar gótico e o primeiro perrier-jouët champanhe bar da ásia ou não fizesse parte do sheraton macau hotel.

l shake that (original mix) – danson

l passionately feat. lady vale (original mix ) – simone vitullo

muito se fala na decadência da europa, na ausência de valores, no excessivo capitalismo da sociedade. estando-se fora, consegue-se analisar, de uma forma mais coerente, os pontos positivos ou negativos – por vezes não conseguimos dar valor a princípios, que de tão simples e assimilados nos passam ao lado.

em áfrica, por exemplo, o excessivo conservadorismo e a estratificação exagerada de classes não permite a quem faz, supostamente, parte da elite compreender que uma pessoa deve ter para estar preparada para as diferentes situações e desafios que a vida nos proporciona. é impensável para esses, que um filho, sobrinho ou amigo mais novo, trabalhe num negócio como a restauração ou a noite.

é considerado um trabalho menor, indigno, olhado de lado. na europa, pelo contrário, qualquer jovem que estude no início da sua maioridade é incentivado (independentemente de quem é filho ou de onde vem) a trabalhar para entender o que significa isso e para iniciar a sua independência amealhando o seu pocket money – seja para uma viagem ou para os seus gastos supérfluos. ninguém recrimina , é bem visto e permite a estes uma experiência que lhes será muito útil no decorrer das carreiras.

perceber as dificuldades de quem não teve as mesmas oportunidades, entender os sentimentos e angústias de quem faz parte de uma estrutura que muitas vezes é ignorada, tratar todos por igual e com respeito, isso é estar na linha da frente!