nos últimos tempos tudo se alterou e os responsáveis dos empreendimentos hoteleiros procuram, e bem, dinamizar os espaços, procurando mostrar que há vida para além dos quartos… em lisboa e porto, por exemplo, são muitos os que abrem, no verão, o bar panorâmico promovendo festas que agitam de certa forma a pacatez dos hóspedes. se os finais de tarde são divulgados, também as piscinas instaladas no último piso servem para atrair clientes de ‘fora’. esta semana recordei esse facto ao receber vários convites para ‘inaugurações’ e por ter visto que as agências internacionais mostravam o esplendor de uma piscina de um hotel em shangai – com a cidade como pano de fundo.
quem vai para uma unidade hoteleira de cidade gosta de encontrar outras vivências, de não se sentir fechado em si mesmo, e para que isso aconteça os conceitos de hotel há muito que se alteraram. os restaurantes foram buscar chefes de renome para conseguirem as famosas estrelas michelin e dessa forma acenam a um público ávido de tais condecorações; os lounges foram a porta de entrada para um público mais jovem que faz descer a média de idades dos inquilinos dos quartos; e, por fim, há as tais festas de final de tarde, onde se passa uma imagem de alguma modernidade.
não faltam exemplos por esse mundo fora de hotéis que estão associados à noite. quantas não são as pessoas que reservam ano após ano as suas férias para algum hotel de ibiza onde decorrem as tão desejadas festas? à semelhança das pessoas que procuram as termas para recuperar energias, os clientes de ibiza desejam lavar a alma nessas ocasiões. confesso que o meu conceito de férias não vai tão longe. férias é para ter sol e praia e longe das confusões habituais do ano inteiro. mas já frequentei alguns hotéis com ligação à noite e, regra geral, gostei. o ambiente que aí se encontra é mais ou menos selecto e não se dá muito pelos chatos. além disso, o serviço é bom, apesar de se fazer pagar bem. já cheira a férias…
vitor.rainho@sol.pt
