por vezes, as razões mais estúpidas dão azo a um medir de forças que não é justificável nos tempos que correm.
normalmente, em cada briga que se inicia está alguém pertencente aos forcados, ao rugby ou à malta do ginásio, catalogados por um grande amigo como ‘a turma do aperta o papo’. outros ainda, e quando a coisa começa a dar para o torto, defendem-se dizendo que são de chelas ou do aleixo como forma de intimidar os oponentes.
as razões são várias, mas habitualmente envolvem uma qualquer disputa por mulheres ou são o reflexo de bebedeiras excessivas.
nunca consegui entender tais motivações e deve ser por isso mesmo que em dez anos de noite intensiva me posso orgulhar de nunca ter voltado para casa com um olho negro ou numa qualquer ambulância do inem.
parto do princípio que a noite serve para nos divertirmos, para conhecer pessoas, socializar com os amigos, ouvir boa música.
existem factores superiores à sorte que me fizeram evitar tais confrontos e que sugiro a todos quantos pensam da mesma forma que eu.
primeiro, sempre primei pelo respeito e boa educação. como tal, uso recorrentemente o ‘se faz favor’ e o ‘obrigado’ quando incomodo alguém ou peço uma bebida. depois nunca me dou ao direito de provocar alguma miúda que esteja aparentemente acompanhada com o namorado (não gostava que me fizessem o mesmo), respeito as filas, peço desculpa inclusive quando alguém me pisa – sim, pode parecer estúpido, mas é eficaz – e tento nunca me fazer acompanhar de amigos que se envolvem sistematicamente nesse tipo de situações.
não sou nenhum santo, mas no século xxi temos obrigação de ter como dado adquirido que a violência não leva a lado nenhum.
a segurança merece estar sempre na linha da frente.
sugestões
l ‘horizon’ – daft punk
l ‘paper aeroplane’ (original mix) – francesco rossi