Renamo ameaça cortar Moçambique ao meio

A Renamo anunciou hoje, através de Jerónimo Malagueta – chefe do departamento de Informação – que vai bloquear a partir de amanhã toda a circulação ferroviária e rodoviária no centro do país.

num encontro com a imprensa realizado hoje à tarde em maputo, malagueta afirmou que o ataque perpetrado no início desta semana contra o paiol militar situado na província de sofala, em savane, não tinham sido responsabilidade de elementos do seu partido. recorde-se que no ataque foram mortos cinco militares das forças armadas de moçambique.

“os acontecimentos de savane ou, por outra, o ataque ao paiol de savane, não têm nada a ver com as forças de defesa e segurança da renamo. o governo e partido no poder sabem muito bem disso”, garantiu.

malagueta acusou o governo de estar a concentrar homens e armamento em sofala a fim de “atacar a serra da gorongosa e o presidente do partido, afonso dhlakama”.

o chefe do departamento de informação afirmou ainda que as forças militares têm estado a deslocar-se para o centro do país em viaturas particulares de passageiros e de carga. em resposta a esta alegada estratégia do governo, a renamo impedirá toda a circulação de viaturas na estrada nacional número 1, principal artéria rodoviária do país, desde o rio save até muxúngue, cortando na prática moçambique ao meio. ameaça igualmente impedir a circulação de comboios na linha férrea do sena, usada para o escoamento de carvão.

“a partir de quinta-feira, 20 de junho de 2013, o raio de segurança vai partir do rio save até muxúngue. nesta área, as forças da renamo vão posicionar-se para impedir a circulação de viaturas, porque o governo usa essas viaturas para transportar armamento. a renamo vai igualmente paralisar a movimentação dos comboios”.

o sol sabe que algumas chancelarias estão já a recomendar aos seus cidadão que evitem deslocar-se à região centro do país.

fonte oficial do gabinete de paulo portas já declarou que o ministério dos negócios estrangeiros está a acompanhar a questão “desde o início”.

“estamos confiantes de que as autoridades moçambicanas vão lidar com o assunto da melhor forma”, disse, lamentando ainda as vítimas mortais do incidente de segunda-feira.

a mesma fonte garantiu que até à data “não há portugueses atingidos”, mas recomendou que todos se “mantenham atentos e que à mínima necessidade contactem as estruturas com ligação a portugal, como a embaixada e o consulado”.

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